França proíbe aplicações recreativas em telemóveis de funcionários públicos

por Lusa

O Governo francês proibiu hoje a instalação e o uso de aplicações recreativas, como a rede social chinesa TikTok e a plataforma norte-americana de `streaming` Netflix, nos telemóveis de trabalho dos 2,5 milhões de funcionários públicos.

Estas aplicações apresentam "riscos de cibersegurança para a proteção dos dados dos funcionários públicos e da administração", declararam fontes próximas do ministro da Função Pública de França, Stanislas Guerini.

Várias instituições e governos ocidentais proibiram ou restringiram o uso do TikTok nos telefones de trabalho.

Entre as aplicações agora banidas estão "os jogos como `Candy Crush` e as plataformas de `streaming`, como a Netflix, e as plataformas recreativas, como o TikTok", declararam fontes próximas do ministro da Função Pública, antes de acrescentar que a rede social Twitter também está incluída na lista.

A proibição, notificada aos vários ministérios através de uma instrução vinculativa, segundo o Governo francês, entra em vigor imediatamente e não abrange os telefones pessoais dos funcionários públicos.

Os funcionários públicos que desejarem usar uma das aplicações proibidas para fins de comunicação institucional devem pedir permissão no departamento de informática do seu ministério ou do seu organismo público.

Em caso de violação da proibição, nenhum sistema unificado de sanções está ainda previsto.

Quaisquer sanções deverão ser decididas "ao nível da gestão" de cada ministério ou organismo, segundo as fontes próximas de Stanislas Guerini.

O Governo norte-americano, a Comissão Europeia, os Governos canadiano e britânico, entre outros países e organizações, proibiram recentemente os seus funcionários de usarem o TikTok nos seus telefones de trabalho.

No centro desta medida está uma lei chinesa de 2017 que exige que as empresas locais entreguem dados pessoais que seriam relevantes para a segurança nacional mediante solicitação das autoridades.

O Governo chinês "nunca pediu e nunca pedirá a alguma empresa ou indivíduo que recolha ou entregue dados do estrangeiro que viole as leis locais", disse hoje o porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning.

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