Reportagem

França. Projeções colocam Reagrupamento Nacional em vantagem na primeira volta das eleições antecipadas

Os franceses foram às urnas para eleger os 577 deputados da Assembleia Nacional. O presidente francês, Emmanuel Macron, convocou estas eleições antecipadas após os resultados das eleições europeias, a 9 de junho. As projeções desta primeira volta dão uma ampla vitória ao partido de Marine Le Pen, seguido da Nova Frente Popular, uma coligação de esquerda. A segunda volta das eleições decorre no próximo domingo, dia 7 de julho.

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Foto: Yves Herman - Reuters

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Eleições em França. A perspetiva do correspondente da RTP

Os partidos que ficaram em segundo e terceiro lugar, a Nova Frente Popular e o Ensemble, já vieram dizer que pretendem retirar os seus candidatos nos círculos em que estes ficaram em terceiro lugar.

É uma estratégia de ambos para evitar uma fragmentação de votos que possa beneficiar o partido de Marine Le Pen e Jordan Badella.
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"Nem um único voto" para a extrema-direita, apela o primeiro-ministro francês

Foto: Yara Nardi - Reuters

Tal como a Nova Frente Popular de Jean-Luc Mélénchon, também o Esemble garantiu que irá retirar os seus candidatos nos círculos em que ficaram em terceiro lugar para evitar ascensão da extrema-direita. Uma escolha difícil e de "responsabilidade", vincou.

Gabriel Attal alertou para os riscos de uma maioria absoluta da extrema-direita e o seu "projeto funesto".

"A extrema-direita está às portas do poder. Nunca na nossa democracia a Assembleia Nacional corre o risco como corre esta noite de ser dominada pela extrema-direita", sublinhou.
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Legislativas em França. Votação em Portugal terá duplicado em relação às últimas eleições

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Eleições Legislativas em França tiveram a maior participação desde 1981

Em segundo lugar surge a Nova Frente Popular que junta os partidos da esquerda e atinge os 28,1 por cento

O grande derrotado é partido Ensemble, do presidente Emmanuel Macron, liderado pelo atual primeiro-ministro Gabriel Attal, que ficou na terceira posição com 20,3 por cento

Votaram nestas legislativas perto de 70 cento dos eleitores é a maior participação em eleições legislativas desde 1981

Com estes resultados nenhum dos partidos atinge a maioria absoluta dos 577 deputados da Assembleia Nacional. No próximo domingo os franceses voltam às urnas para a segunda volta, onde a extrema-direita é favorita para ganhar, pelo que poderá vir a formar governo
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Jordan Bardella afirma que está pronto para ser primeiro-ministro

Foto: Sarah Meyssonnier - Reuters

Jordan Bardella considerou ainda que uma vitória de Mélénchon, da Nova Frente Popular, representaria um "perigo existencial" para o país.

Caso seja primeiro-ministro, Bardella garante que irá respeitar a Constituição e a função do presidente da República, Emmanuel Macron.
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Mélénchon anuncia retirada de candidatos para evitar ascensão da extrema-direita

Foto: Abdul Saboor - Reuters

O líder do movimento de extrema-esquerda anunciou ainda que irá retirar o seu candidato nos círculos em que este ficar em terceira posição, atrás do Reagrupamento Nacional e do Ensemble!

"A nossa estratégia é clara: nem um voto a mais, nem um deputado a mais para a União Nacional", afirmou. A grande maioria dos círculos terá apenas dois candidatos (do Reagrupamento Nacional e da Nova Frente Popular). No entanto, há alguns em que haverá três candidatos.

A coligação de Mélénchon compremete-se a retirar os seus candidatos que tenham ficado em terceira posição de forma a evitar uma divisão de votos que possa beneficiar a extrema-direita.

Na segunda volta que se realiza na próxima semana o país terá de escolher entre duas opções "inteiramente diferentes", afirmou na reação às primeiras projeções.

"Temos de dar uma maioria absoluta à Nova Frente Popular, é a única alternativa", vincou Mélénchon.

Para o candidato, neste voto "é a França que está em causa, é a República que está em causa".
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Le Pen diz que o "bloco macronista" foi "praticamente apagado"

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Marine Le Pen considerou que a segunda volta será determinante para evitar que o país caia nas mãos de uma extrema esquerda "com tendências violentas, anti-semíticas e anti-republicanas".
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Projeções dão ampla vitória ao Reagrupamento Nacional

As primeiras projeções em França dão a vitória ao Reagrupamento Nacional, com 34 por cento dos votos. Segue-se a Nova Frente Popular, com 28,1 por cento. Em terceiro lugar surge o Ensemble! com 20,3 por cento dos votos.
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Afluência às urnas deverá chegar aos 67,5%

A primeira volta das eleições legislativas antecipadas em França deverá ter uma enorme recuperação da participação eleitoral, entre 67,5% e 69,7% pelos vários institutos de votação, face aos 47,5% registados na primeira volta das eleições de 2022.

Pelas 17h00 locais, a participação, que já subia 20 pontos em relação às últimas eleições, segundo o Ministério do Interior, citado pela agência France Presse.

Os institutos de sondagens avançam com 67,5% de taxa de afluência como previsão mais baixa de participação.
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Eleições em França com grande afluência às urnas

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França. Cerca de 49 milhões de eleitores escolhem nova Assembleia Naiconal

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Eleições em França. Eleitores franceses escolhem nova assembleia

Foto: Yara Nardi - Reuters

O presidente Emanuel Macron a dirigiu-se às urnas logo pela manhã, pouco depois de Marine Le Pen. Antes, tinham votado já Gabriel Attal, o atual primeiro-ministro.

Até às 17h00 locais, a participação nestas eleições era de 59,39 por cento, um aumento muito considerável em relação a 2022, quando à mesma hora tinham votado 39,4 por cento dos eleitores.

Espera-se que os 49 milhões de eleitores vão às urnas para eleger os 577 deputados da Assembleia Nacional.
As sondagens apontam para a vitória da extrema-direita, de Marine Le Pen, e para uma derrota do partido de Emmanuel Macron.

 O presidente francês convocou estas eleições antecipadas após os resultados das eleições europeias, a 9 de junho. Estas legislativas são as mais aguardadas da história recente, em França e ficam marcadas pela imigração, impostos e educação.

Esta primeira volta começou com a abertura das assembleias de voto em alguns territórios ultramarinos.

Após a abertura das urnas em territórios ultramarinos como São Pedro e Miquelon, São Bartolomeu, São Martinho, Guadalupe, Martinica, Guiana, Polinésia Francesa - aliás, a Nova Caledónia encerrou no sábado as assembleias de voto com um aumento da afluência após os protestos de há algumas semanas -, bem como em embaixadas e consulados no continente americano, é a vez, este domingo, da França continental, onde 49,5 milhões de eleitores estão inscritos para votar.

Com os primeiros resultados esperados por volta das 20h00, esta eleição poderá abalar o panorama político francês e abrir caminho para que a extrema-direita chegue ao poder dentro de uma semana.

As eleições de 30 de junho são apenas a primeira volta de um sistema de duas voltas, sendo o dia 7 de julho a data-chave.

A Assembleia Nacional francesa é composta por 577 deputados, eleitos por outros tantos círculos eleitorais: em cada um deles, só há um vencedor na primeira volta se alguém obtiver mais de 50% dos votos expressos e estes representarem, além disso, 25% do total do eleitorado.

As sondagens mostram a aliança conservadora liderada pelo Reagrupamento Nacional de Jordan Bardella e Marine Le Pen à frente dos rivais, com uma intenção de voto de cerca de 30%, mas não é claro que consigam alcançar a maioria absoluta que Bardella exige para governar sem dependência.

c/ Lusa

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