Franco morreu há 50 anos, mas sociedade e política espanhola apresenta-se dividida

Os 50 anos da morte de Francisco Franco, que se cumprem esta quinta-feira, tem polarizado fortemente a política e a sociedade espanholas.

Antena 1 /
Foto: Violeta Santos Moura - Reuters

Há três anos o governo de Pedro Sanchez aprovou a lei e memória democrática que levou à retirada do país das marcas e dos símbolos do franquismo. Foram também criados arquivos para preservar a memória e a história da vítimas da ditadura.

Os socialistas no poder lançaram também o programa “Espanha em liberdade”, que celebra nesta altura a transição para a democracia.

Mas a oposição à direita - o PP e o Vox - acusam Sanchez de usar Francisco Franco para fins políticos e reabrir feridas na sociedade espanhola.

A data só deve ser assinalada pelos saudosistas da direita e da direita radical, assim como pelos defensores do neofascismo.

A família do ditador e a Fundação Franco organizam hoje uma missa, mas também está prevista uma marcha da falange, em Madrid. 

No sábado estão marcados protestos contra o fascismo.

A ditadura em Espanha durou 40 anos, mas ainda divide espanhóis.

Uma sondagem recente indica que um em cada cinco jovens espanhóis defende que foi um bom regime.
(Ana Romeu - Correspondente Antena 1/Madrid)

Em Espanha a reconciliação com o passado histórico recente parece mais longe do que em Portugal.
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