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Frida Kahlo bate recorde com "O Sonho (A Cama)" vendido por 47,35 milhões
Esta quinta-feira, a obra surrealista de Frida Kahlo "O Sonho (A Cama)" arrecadou 47,35 milhões de euros (54,6 milhões de dólares) no leilão organizado pela Sotheby's, em Nova Iorque. O autorretrato da pintora mexicana passa a ser a obra mais cara em leilão criada por uma mulher.
A leiloeira Sotheby's, em Nova Iorque, descreve a pintura "O Sonho (A Cama)" como uma das "mais comoventes" e "impactantes" da produção artística de Frida Kahlo.
Os especialistas da Sotheby’s avaliaram este quadro entre 40 e 60 milhões de dólares, correspondendo a 34,7 e 52 milhões de euros.
O Sonho
O autorretrato foi pintado em 1940, durante um período turbulento da vida de Frida, precisamente no momento em que a sua saúde se deteriorou nesse ano devido à poliomielite e às complicações de um acidente de autocarro sofrido em 1925.
Em "O Sonho (A Cama)", a artista mexicana retrata-se adormecida numa cama de madeira, coberta por uma manta dourada bordada com motivos de videiras e folhas.
Por cima da cama, encontra-se um esqueleto em tamanho real embrulhado em dinamite a segurar um ramo de flores e repousando sobre almofadas.
O quadro tem proveniência de uma coleção privada da Cidade do México, é um óleo sobre a tela com as dimensões de 74 por 98 cm.
"O Sonho (A Cama)" | Página web da Sotheby's
Kahlo, que morreu em 1954, já detém o segundo maior recorde de leilão para uma artista feminina. “Diego y yo” (“Diego e Eu”), um auto-retrato de 1949, com o marido, o artista Diego Rivera, arrecadou 34,9 milhões de dólares (30 milhões de euros) em 2021.
A norte-americana Georgia O'Keeffe e a sua obra "Jimson Weed/White Flower No." detinha até esta quinta-feira o recorde da pintura realizada por uma mulher, ao ser a obra vendida por mais dinheiro. Em 2014, foi leiloada por 44 milhões de dólares, correspondendo a 38,1 milhões de euros.
Porém, a obra “Salvator Mundi”, de Leonardo da Vinci, destaca-se com o maior valor de venda - 450,3 milhões de dólares (390,5 milhões de euros) - na Christies, em 2017.
Porém, a obra “Salvator Mundi”, de Leonardo da Vinci, destaca-se com o maior valor de venda - 450,3 milhões de dólares (390,5 milhões de euros) - na Christies, em 2017.