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Fugitivos da Coreia do Norte reclamam indemnização a Kim Jong-un em tribunal japonês

por Lusa
O líder norte-coreano Kim Jong un foi convocado por um tribunal japonês KCNA via EPA

Um tribunal japonês convocou o líder norte-coreano para responder a queixas de japoneses de etnia coreana, que alegam ter sofrido violações de direitos humanos no regresso à Coreia do Norte.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, não deve comparecer na audiência do tribunal, marcada para esta quinta-feira, mas a decisão de o convocar é uma rara ocasião em que não foi concedida imunidade a um dirigente estrangeiro, afirmou Kenji Fukuda, um advogado que representa os cinco queixosos.

Os cinco acusam Pyongyang de ter "enganado os queixosos" sobre um programa de reinstalação na Coreia do Norte e de os ter "forçado a viver em condições em que usufruir dos direitos humanos era impossível".

Os lesados exigem 100 milhões de ienes (769 mil euros) cada um como compensação por violações dos direitos humanos.

Pyongyang prometeu cuidados de saúde gratuitos, educação, empregos e outros benefícios, mas nada foi concretizado. A maioria das pessoas foi encaminhada para trabalhos manuais em minas, florestas ou quintas.

Cerca de 93 mil residentes de etnia coreana no Japão e familiares regressaram à Coreia do Norte há décadas, após promessas de uma vida melhor, já que muitos foram discriminados no país nipónico.


O Japão colonizou a península coreana entre 1910 e 1945, um passado que ainda limita as relações com os dois vizinhos.

Atualmente, cerca de meio milhão de japoneses de etnia coreana vive no país, mas continua a enfrentar discriminação na escola, no trabalho e na vida quotidiana.


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