Fukushima suspende trabalhos, Toyota fecha portas

O tufão "Roke" aproxima-se do Japão e ocasionou já drásticas medidas de emergência. As autoridades de protecção civil receiam que a capital seja atingida por fortes chuvadas e por ventos que chegam a 216 Km/hora. Em Fukushima, os trabalhos de recuperação da central nuclear sinistrada foram suspensos. A Toyota encerrou até nova ordem 11 das 15 fábricas que tem no país.

RTP /
Agricultor japonês prepara-se para a chegada do tufão "Roke" Everett Kennedy Brown, Epa

Segundo notícias da Reuters e da AFP, o tufão "Roke" tem afectado até agora a região de Tokai, no centro do país, e já causou quatro mortos e duas pessoas desaparecidas. Mas o pior ainda está para vir e conta-se com ele a partir do início da tarde.

A Toyota anunciou o encerramento de 11 fábricas, todas situadas no distrito de Aichi, onde está previsto que o tufão atinja a sua maior violência. Instada a pronunciar-se sobre o momento previsto para a reabertura, a direcção da empresa escusou-se.

Na cidade industrial de Nagoya, com cerca de um milhão de habitantes chegou a recear-se grandes inundações. Por isso, a população recebeu um apelo para evacuar as suas casas e partir. Mas o apelo foi depois cancelado, devido a uma reavaliação das previsões.

Em grande parte do país o trânsito está paralisado e vários troços de autoestrada estão encerrados.  As ligações ferroviárias foram interrompidas e 270 voos internos foram cancelados. Em Fukushima, um porta-voz da Tepco, a empresa que gere a central nuclear, confirmou que os trabalhos na central de Daichi estavam suspensos, mas sustentou que não há perigo.

Só nesta estação, o Japão já sofreu 14 tufões. Num deles, em começos de setembro, morreu quase uma centena de pessoas.


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