Gato morto na Alemanha tinha variante asiática do H5N1
O gato encontrado morto na ilha alemã de Ruegen (nordeste) estava contaminado com a variante asiática do vírus H5N1, a mais perigosa da gripe das aves, anunciou hoje o Instituto alemão para a Saúde Animal.
O Instituto Friedrich-Loeffler, com sede na ilha de Riems, norte da Alemanha, adiantou que o vírus detectado no cadáver do gato era idêntico ao encontrado no primeiro cisne infectado encontrado na mesma região da baía de Wittow, na ilha de Ruegen.
Trata-se do primeiro caso de um gato afectado pela doença na Europa.
As autoridades locais suspeitavam que o gato, de 4,8 quilogramas, que vivia numa propriedade agrícola, fora contaminado devido ao contacto com aves infectadas.
Entretanto, os especialistas veterinários da União Europeia recomendaram que, por precaução, os gatos sejam encerrados e os cães presos a trelas nas zonas atingidas pelo H5N1.
Os especialistas da UE consideraram que, nas zonas onde o H5N1 foi confirmado em aves selvagens, "os contactos entre carnívoros domésticos, particularmente gatos, e as aves devem ser impedidos", lê- se numa declaração publicada quarta-feira pela Comissão Europeia.
"Ou seja, os gatos devem ser guardados no interior e os cães devem ser presos à trela ou confinados de outra forma, e mantidos à responsabilidade do proprietário", referiram os veterinários europeus.
Recomendaram ainda que as descobertas de cães e gatos mortos nestas zonas sejam comunicadas às autoridades veterinárias.
Os especialistas da UE notaram, contudo, que a descoberta do vírus num gato não faz aumentar os riscos de transmissão ao homem.
"O estado actual dos conhecimentos sugere que a doença nos carnívoros como os gatos é um `beco sem saída` para a infecção, que não provoca um aumento do risco causado pelo vírus para a saúde animal ou humana", acrescentaram.
Na quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde considerou mínimo o risco de transmissão do H5N1 do gato ao homem, admitindo todavia essa possibilidade, no estado actual dos conhecimentos.