Gaza. Israel vai enviar delegação ao Catar apesar de considerar exigências do Hamas "inaceitáveis"
Israel anunciou no sábado que vai enviar uma delegação ao Catar este domingo para as negociações sobre um possível acordo de cessar-fogo e de reféns em Gaza, embora o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tenha afirmado que as alterações solicitadas pelo Hamas à proposta eram "inaceitáveis".
"As alterações que o Hamas procura fazer à proposta do Catar foram-nos comunicadas ontem à noite e não são aceitáveis para Israel", afirmou o gabinete de Netanyahu em comunicado na noite de sábado.
O gabinete do primeiro-ministro acrescentou, no entanto, que vai enviar uma delegação para Catar para as negociações sobre um possível acordo para "continuar os esforços para garantir o regresso dos nossos reféns com base na proposta do Catar com a qual Israel concordou".
O grupo palestiniano Hamas afirmou, na sexta-feira, que estava pronto para "iniciar imediatamente" as negociações sobre uma proposta de tréguas dos Estados Unidos, mediada pelo Catar e pelo Egito, à qual afirmou ter apresentado "a sua resposta", sem fornecer mais detalhes sobre o seu conteúdo. Poucos dias antes, o presidente norte-americano tinha afirmado que Israel havia concordado “com as condições para finalizar “ uma trégua de 60 dias e estimou que um acordo de tréguas entre Israel e o Hamas poderá ser alcançado “na próxima semana”.
Duas fontes palestinianas próximas das negociações disseram à AFP que a proposta apresentada ao Hamas inclui uma trégua de 60 dias, durante a qual o movimento islâmico libertaria dez reféns ainda vivos, bem como um certo número de corpos, em troca da libertação dos palestinianos detidos por Israel.
Mas, num sinal dos potenciais desafios que ambos os lados ainda enfrentam, uma autoridade palestiniana de um grupo militante aliado ao Hamas disse que ainda existem preocupações com a ajuda humanitária, a passagem pela fronteira de Rafah, no sul de Israel, para o Egipto, e a clareza sobre o calendário para a retirada das tropas israelitas.
Netanyahu, que deverá reunir-se com Trump em Washington na segunda-feira, tem afirmado repetidamente que o Hamas deve ser desarmado - uma opção que o Hamas, que alegadamente mantém 20 reféns israelitas vivos, se recusou a discutir até à data.
Em terra, o exército israelita está a expandir a sua ofensiva militar na Faixa de Gaza, que se encontra mergulhada numa situação humanitária crítica quase 21 meses após o início das hostilidades.
De acordo com Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, uma organização de primeiros socorros, 42 pessoas foram mortas este sábado.
Desde 7 de outubro de 2023, o Ministério da Saúde de Gaza estima que morreram mais de 57.000 palestinianos.
c/agências
O gabinete do primeiro-ministro acrescentou, no entanto, que vai enviar uma delegação para Catar para as negociações sobre um possível acordo para "continuar os esforços para garantir o regresso dos nossos reféns com base na proposta do Catar com a qual Israel concordou".
O grupo palestiniano Hamas afirmou, na sexta-feira, que estava pronto para "iniciar imediatamente" as negociações sobre uma proposta de tréguas dos Estados Unidos, mediada pelo Catar e pelo Egito, à qual afirmou ter apresentado "a sua resposta", sem fornecer mais detalhes sobre o seu conteúdo. Poucos dias antes, o presidente norte-americano tinha afirmado que Israel havia concordado “com as condições para finalizar “ uma trégua de 60 dias e estimou que um acordo de tréguas entre Israel e o Hamas poderá ser alcançado “na próxima semana”.
Duas fontes palestinianas próximas das negociações disseram à AFP que a proposta apresentada ao Hamas inclui uma trégua de 60 dias, durante a qual o movimento islâmico libertaria dez reféns ainda vivos, bem como um certo número de corpos, em troca da libertação dos palestinianos detidos por Israel.
Mas, num sinal dos potenciais desafios que ambos os lados ainda enfrentam, uma autoridade palestiniana de um grupo militante aliado ao Hamas disse que ainda existem preocupações com a ajuda humanitária, a passagem pela fronteira de Rafah, no sul de Israel, para o Egipto, e a clareza sobre o calendário para a retirada das tropas israelitas.
Netanyahu, que deverá reunir-se com Trump em Washington na segunda-feira, tem afirmado repetidamente que o Hamas deve ser desarmado - uma opção que o Hamas, que alegadamente mantém 20 reféns israelitas vivos, se recusou a discutir até à data.
Em terra, o exército israelita está a expandir a sua ofensiva militar na Faixa de Gaza, que se encontra mergulhada numa situação humanitária crítica quase 21 meses após o início das hostilidades.
De acordo com Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, uma organização de primeiros socorros, 42 pessoas foram mortas este sábado.
Desde 7 de outubro de 2023, o Ministério da Saúde de Gaza estima que morreram mais de 57.000 palestinianos.
c/agências