"Nesta fase não pensamos ser necessário enviar forças terrestres em massa para o Líbano, mas se tivermos de o fazer, fá-lo- emos. Não excluímos essa opção", disse o major-general Moshe Kaplinski à Rádio Israel.

Estas declarações deram eco a um sentimento partilhado nos círculos oficiais israelitas desde o início dos combates, na semana passada.

Kaplinski referiu ainda que os combates com o Hezbollah prosseguirão, mas não "durante muito mais semanas". "Ainda precisamos de tempo para concluir os objectivos muito claros da operação", afirmou.

"O Hezbollah tem um enorme sistema de mísseis de vários tipos", disse Kaplinski à emissora. "Tem ainda capacidade para disparar sobre o norte de Israel e os habitantes sentem isso. Faremos tudo para mitigar esse sofrimento".

O Hezbollah disparou centenas de rockets do Líbano para o norte de Israel desde que os combates eclodiram a 12 de Julho, quando guerrilheiros do Hezbollah capturaram dois soldados israelitas num ataque na zona fronteiriça.

Mais de 200 libaneses, na sua maioria civis, e 24 israelitas, metade deles civis, perderam a vida desde que o conflito começou.

Kaplinski disse que os dois soldados desaparecidos estarão vivos e ilesos, tal como um terceiro, raptado por militantes palestinianos em 25 de Junho.

"Sabemos que os três estão vivos. Sabemos quem os tem em seu poder e, como já disse, faremos tudo para os trazer de regresso a casa", concluiu.