Governador encerra Esplanada em Brasília para deter manifestação pró-Bolsonaro

O Governador Ibaneis Rocha encerrou este domingo ao tráfego, pedonal como motorizado, as ruas em torno do Palácio Presidencial, dos ministérios, do Supremo Tribunal e do Congresso.

RTP /
Uma apoiante de Bolsonaro conversa com um polícia em Brasília, dia 14 de junho de 2020 Reuters

A decisão, emitida por decreto sábado à noite, destinou-se a impedir a alegada ameaça de um pequeno grupo de apoiantes do Presidente jair Bolsonaro, conotados com a extrema-direita, que pretenderiam invadir o Congresso.

Um acampamento desse grupo, na área entretanto encerrada, foi disperso de manhã pela polícia, com granadas de gás lacrimogéneo e de fumo. Os membros deste grupo são acusados de exibir armas e de pretenderem instituir uma ditadura militar no país, sob somando de jair Bolsonaro.

O decreto afirmou ainda que o encerramento da área iria evitar grandes ajuntamentos numa altura de pandemia.

Com o encerramento da Esplanada dos Ministérios, como é conhecida a área governamental de Brasília, os apoiantes de Bolsonaro acabaram por levar as manifestações para outras áreas, incluindo o bairro onde se situa o Quartel Geral do Exército, em frente ao qual colocaram uma enorme bandeira do Brasil.

Os manifestantes acusaram o Supremo Tribunal e o Congresso de bloquearem o Governo do Presidente.

Em São Paulo, a polícia só autorizou protestos simultâneos de apoiantes e detratores de Jair Bolsonaro por estes se realizarem em diferentes locais da cidade. As manifestações foram pacíficas na sua maior parte.

Bolsonaro está em rota de colisão com o Supremo Tribunal, desde que este ordenou que a gestão da pandemia passase para asmãos do diferentes governadores estaduais.

Este domingo, o juiz do Supremo Tribunal, Gilmar Mendes, criticou na rede Twitter o pedido do Presidente para que as pessoas entrassem nos hospitais para filmar se as camas nos cuidados intensivos estavam ou não ocupadas.

Bolsonaro disse querer prevenir fraudes e a inflação do numero de casos graves de Covid-19. Mendes afirma que, com esta ação, o Presidente pode ter cometido um crime.

O Brasil registou este domingo 867.624 casos confirmado de infeção,  mais 17.110 do que sábado, indicou o Ministério da Saúde.

O número total de óbitos por Covid-19 subiu para 43.332, depois de mais 612 mortes reportadas nas últimas 24 horas.
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