Governador paulista pede 1,1 mil milhão de euros a Dilma Rousseff para resolver seca
São Paulo, 10 nov (Lusa) - O governador do estado brasileiro de São Paulo, Geraldo Alckimin, pediu hoje à presidente Dilma Rousseff 3,5 mil milhões de reais (1,1 mil milhões de euros) destinados a obras para fazer face à seca que afeta a região.
Numa reunião entre os dois, o Palácio do Planalto, por sua vez, solicitou mais pormenores sobre as obras apresentadas pelo governador antes de autorizar a libertação do dinheiro.
"A presidente viu com bons olhos [as obras], mas vamos ter uma conversa mais profunda antes que ela bata o martelo naquilo que ajudará São Paulo", afirmou o governador à imprensa à saída da reunião.
No total, serão oito empreendimentos, a maior parte deles com conclusão prevista em três anos. Entre as obras figuram a construção e barragens, interligação de reservatórios e represas e construção de estação para reaproveitamento de águas.
Para pormenorizar o conteúdo dessas obras foi criado um grupo de trabalho com membros do governo federal do Brasil e do governo estadual de São Paulo para discussão da questão. A próxima reunião está agendada para a próxima segunda-feira.
Ainda não ficou claro em quanto o governo federal poderá ajudar - se em parte ou na totalidade dos gastos - nem a forma como esse crédito será libertado, podendo ser uma parte a fundo perdido e outra como financiamento, por exemplo.
Reeleito para um mandato de mais quatro anos nas eleições de outubro, Alckimin garantiu não ser necessário um racionamento de água.
São Paulo vive sua pior seca dos últimos 84 anos. O nível do seu principal reservatório, conhecido como Cantareira, chegou a 11,3 por cento este domingo.