Mundo
Governo sérvio procura esvaziar declaração de independência do Kosovo
As autoridades sérvias anteciparam-se à iminente declaração de independência da província do Kosovo. Um documento aprovado esta quinta-feira pelo Governo de Belgrado “anula” a proclamação unilateral por parte das “autoridades interinas” do Kosovo.
O documento do Governo de Belgrado foi aprovado na véspera de uma sessão especial do Parlamento do Kosovo destinada a acelerar a adopção de um conjunto de leis relacionadas com a proclamação da independência, prevista para domingo ou segunda-feira. O gesto de Belgrado, largamente simbólico, não deverá ter qualquer efeito dissuasor entre os dirigentes albaneses do Kosovo.
“Os actos e as actividades das autoridades interinas do Kosovo que proclamem a independência unilateral são anulados porque violam a soberania e a integridade territorial da Sérvia”, sustenta o Executivo do primeiro-ministro nacionalista Vojislav Kostunica.
O próprio chefe do Governo sérvio fez um discurso transmitido em directo pela televisão, classificando como um “acto ilegal” a anunciada declaração unilateral de independência da província de maioria albanesa.
O Governo de Kostunica deixa também vincada a sua oposição aos planos da União Europeia para o envio de uma missão de polícias e juristas com o objectivo de “enquadrar” a transição do Kosovo. As decisões da UE, advoga o Executivo sérvio, “não têm qualquer fundamento legal e não impõem obrigações à Sérvia”.
Sem abdicar das críticas ao bloco europeu, Vojislav Kostunica fez questão de ressalvar que a “querela” entre Belgrado e a UE diz respeito a “um ponto concreto”.
Fontes diplomáticas, citadas pela agência France Presse, indicaram que a União Europeia está preparada para dar luz verde, já na sexta-feira, ao lançamento da missão Eulex.
Apoiada pela Rússia, a Sérvia conseguiu ver agendada para esta quinta-feira uma sessão especial do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Na antecâmara da reunião, o Presidente russo, Vladimir Putin, reservou parte da conferência de imprensa anual do Kremlin para a questão do Kosovo, classificando de “imoral e ilegal” qualquer declaração de reconhecimento de uma independência unilateral daquela província do Sul da Sérvia. E deixou um aviso à comunidade internacional: “Temos respostas preparadas e sabemos o que fazer”.
Ante a iminência da declaração de independência, o Parlamento sérvio aprovou nos últimos dias um “plano de acção” de contornos ainda desconhecidos. A resposta da Sérvia não deverá passar pela ameaça do recurso a meios bélicos, tão-pouco pela implementação de um bloqueio económico, de acordo com uma fonte próxima do Governo de Kostunica, também citada pela France Presse. Belgrado deverá, antes, rever os laços diplomáticos com os países que venham a reconhecer a independência do Kosovo.
“Os actos e as actividades das autoridades interinas do Kosovo que proclamem a independência unilateral são anulados porque violam a soberania e a integridade territorial da Sérvia”, sustenta o Executivo do primeiro-ministro nacionalista Vojislav Kostunica.
O próprio chefe do Governo sérvio fez um discurso transmitido em directo pela televisão, classificando como um “acto ilegal” a anunciada declaração unilateral de independência da província de maioria albanesa.
O Governo de Kostunica deixa também vincada a sua oposição aos planos da União Europeia para o envio de uma missão de polícias e juristas com o objectivo de “enquadrar” a transição do Kosovo. As decisões da UE, advoga o Executivo sérvio, “não têm qualquer fundamento legal e não impõem obrigações à Sérvia”.
Sem abdicar das críticas ao bloco europeu, Vojislav Kostunica fez questão de ressalvar que a “querela” entre Belgrado e a UE diz respeito a “um ponto concreto”.
Fontes diplomáticas, citadas pela agência France Presse, indicaram que a União Europeia está preparada para dar luz verde, já na sexta-feira, ao lançamento da missão Eulex.
Apoiada pela Rússia, a Sérvia conseguiu ver agendada para esta quinta-feira uma sessão especial do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Na antecâmara da reunião, o Presidente russo, Vladimir Putin, reservou parte da conferência de imprensa anual do Kremlin para a questão do Kosovo, classificando de “imoral e ilegal” qualquer declaração de reconhecimento de uma independência unilateral daquela província do Sul da Sérvia. E deixou um aviso à comunidade internacional: “Temos respostas preparadas e sabemos o que fazer”.
Ante a iminência da declaração de independência, o Parlamento sérvio aprovou nos últimos dias um “plano de acção” de contornos ainda desconhecidos. A resposta da Sérvia não deverá passar pela ameaça do recurso a meios bélicos, tão-pouco pela implementação de um bloqueio económico, de acordo com uma fonte próxima do Governo de Kostunica, também citada pela France Presse. Belgrado deverá, antes, rever os laços diplomáticos com os países que venham a reconhecer a independência do Kosovo.