Governo timorense lança projeto de construção da primeira autoestrada do país
Díli, 25 jan (Lusa) - Os ministros das Obras Públicas e dos Recursos Naturais de Timor-Leste assinaram hoje o projeto de construção da primeira autoestrada do país, cujas obras devem arrancar em junho.
"É um megaprojeto com um orçamento de quase 10 milhões de dólares por quilómetro", afirmou o ministro das Obras Públicas timorense, Gastão Francisco de Sousa.
A autoestrada com quatro faixas deverá estar terminada em 2017 e vai ser construída na costa sul de Timor-Leste entre o Suai e Beasu num total de cerca de 155 quilómetros.
Em junho, segundo o ministro das Obras Públicas, deverá ter início a construção da primeira fase da autoestrada, cerca de 33,3 quilómetros, que vão ligar o Suai e Fatukai.
Nos próximos meses, as autoridades timorenses vão lançar um concurso internacional para a implementação da primeira fase.
Segundo o ministro das Obras Públicas, há empresas da China, Singapura e da Indonésia "muito interessadas" em concorrer ao projeto.
A autoestrada vai suportar o negócio da indústria petrolífera que o governo timorense pretende criar na costa sul do país entre Suai e Beasu, conhecido como projeto Tasi Mane.
"É uma parte fundamental para ligar os três polos de crescimento na costa sul de Timor-Leste: Suai, Betano e Beasu", afirmou o ministro dos Recurso Naturais, Alfredo Pires.
Alfredo Pires explicou que a autoestrada vai permitir que o tempo da viagem entre o Suai e Beasu, que agora demora 10 horas, passe a durar uma hora e meia.
O projeto Tasi Mane tem como principal objetivo desenvolver a costa sul do país através da indústria petrolífera e inclui a construção de três grupos industriais, que serão a espinha dorsal daquele setor empresarial do país.
Tasi Mane inclui a base de fornecimento do Suai, a refinaria e um grupo de indústria petroquímica em Betano e uma exploração de gás (através do gasoduto que as autoridades timorenses pretendem ver construído a partir do Greater Sunrise) em Viqueque/Beasu.
A cerimónia de lançamento da construção da autoestrada decorreu nos escritórios da empresa petrolífera timorense TimorGAP.