A Ryanair informou que 396 voos foram cancelados, forçando os passageiros que pretendiam viajar esta sexta-feira a remarcar ou tomar rotas diferentes. A greve de 24 horas envolve pilotos da Alemanha, Suécia, Irlanda, Bélgica e Holanda. Mais de 50 mil passageiros foram informados do cancelamento. Segundo um comunicado da companhia aérea, "a maioria dos clientes já foi acomodada num outro voo".
A Ryanair diz que se encontra a fazer todos os esforços possíveis para resolver a paralisação.
Os aviões da companhia têm capacidade para 189 lugares, o que significa que mais de 74 mil passageiros poderão ser afetados.
A greve dos pilotos da Ryanair nesta sexta-feira pode custar à transportadora mais de 20 milhões de euros em compensações aos passageiros afetados.
Segundo a companhia área, 250 voos de e para a Alemanha foram cancelados, juntamente com 104 voos que atendem a Bélgica, 22 serviços de e para a Suécia e outros 20 entre a Irlanda e a Grã-Bretanha.
A greve afeta também alguns voos de e para Portugal. Até ao momento, já foram cancelados voos com destino a Lisboa, um vindo de Berlim e outro de Frankfurt. Foram também cancelados os dois voos com partida de Lisboa e regresso a esses aeroportos alemães.
Em comunicado, a companhia de baixo custo afirmou que “apesar da lamentável e injustificada greve a decorrer em cinco dos nossos 37 mercados, mais de dois mil voos da Ryanair funcionarão normalmente, transportando quase 400 mil passageiros em toda a Europa”.
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— Ryanair (@Ryanair) 9 de agosto de 2018
“A maioria dos clientes já foi acomodada num outro voo da Ryanair", sublinha o comunicado.
Esta é a maior ação de greve nos 30 anos da Ryanair. Em causa estão os salários e as condições de trabalho dos pilotos da companhia.
A companhia aérea irlandesa evitou greves generalizadas antes do Natal ao concordar em reconhecer os sindicatos pela primeira vez. No entanto, têm existido protestos desde a negociação de acordos coletivos de trabalho.
A 24 e 25 de julho cerca de 300 voos da Ryanair foram cancelados, quando as tripulações de cabine de Itália, Bélgica, Portugal e Espanha entraram em greve por 48 horas.