Grupo guerrilheiro PKK anuncia a dissolução

O Partido dos Trabalhadores do Curdistão revela, em comunicado, que vai encerrar esta estrutura, alguns meses depois de o líder histórico do PKK ter apelado à entrega das armas e ao fim da guerrilha, que fez milhares de mortos, nas últimas décadas.

José Pedro Tavares - Antena 1 /

Foto: Tolga Uluturk - Reuters

Depois de mais de 40 anos de luta armada na Turquia, o PKK anuncia a dissolução do grupo.

Partido dos Trabalhadores do Curdistão vulgarmente conhecido como PKK, também conhecido como KGK e anteriormente conhecido como KADEK ou Kongra-Gel, é uma organização política curda que desde 1984 e que se envolveu numa luta armada contra o estado turco, por um Curdistão autónomo e mais direitos culturais e políticos para os curdos na Turquia.

O grupo foi fundado em 27 de novembro de 1978 e foi liderado por Abdullah Öcalan.

A ideologia do PKK foi originalmente uma fusão do socialismo revolucionário e do nacionalismo curdo, embora desde a sua prisão, Öcalan tenha abandonado o marxismo ortodoxo e elaborado o que ele chamou de confederalismo democrático.

Neste conflito que dura há mais de 40 anos, morreram cerca de 30 mil pessoas.

Uma das dúvidas que persiste agora é como vai ser feito o desarmamento desta organização.

Quanto à liderança deste grupo, pode passar pelo exílio ou no Iraque ou em alguns países europeus.

Relativamente aos vários elementos detidos, falam-se em possíveis amnistias, como nos revela o correspondente da Antena 1, na Turquia, José Pedro Tavares.


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