O bombardeamento de Guernica foi à precisamente 80 anos. Era segunda feira, dia de enchente para a feira dos agricultores.
Ao final do dia de 26 de abril de 1937 1654, dos cerca de seis mil habitantes da pequena cidade Basca, estavam mortos.
O momento foi imortalizado no mais famoso quadro de Picasso, pintado apenas dois meses depois, e resultaria numa campanha da Santa Sé para banir a guerra aérea. Uma iniciativa que teve em Oliveira Salazar um dos principais opositores, como lembra no Jornal 2 o historiador Manuel Loff.
Dois meses depois do ataque Pablo Picasso imortalizava o primeiro bombardeamento deliberado de civis na história da guerra moderna.
A obra seria mostrada ao mundo em julho desse mesmo ano na Exposição Universal de Paris, como panfleto anti guerra no pavilhão do primeiro estado que o fascismo haveria de submeter na Europa: A Espanha Republicana.
Nos bombardeamentos a Guernica participaram elementos das forças aéreas alemãs, italianas e dos nacionalistas espanhoís. Só os alemães viriam a reconhecer oficialmente a sua participação no massacre. Aconteceu há 20 anos aquando do 60º aniversário do bombardeamento aéreo sobre a capital cultural dos vascos.
Os alemães testavam um novo tipo de guerra. Não foram capazes de descobrir o que disseram aos pilotos da Legião Condor era o alvo dessa manhã: Uma pequena ponte a oeste da cidade.
O fumo causado pelas bombas incendiárias largadas pelos três primeiros aviões (do esquadrão experimental franquista) encobriu os céus. Durante três horas os bombardeiros alemães destruíram toda a cidade. Hermann Goering, o marchal do ar de Hitler, haveria de dizer no julgamento de Nuremberg que Guernica foi um treino para os pilotos alemães.