Mundo
Guerra aberta na Internet após encerramento do Megaupload
O encerramento do site de partilha de ficheiros Megaupload pelas autoridades norte-americanas está a gerar uma onda de tumultos no mundo virtual. O grupo de hackers Anonymous anunciou na quinta-feira à noite que estava a ser preparado o “maior ataque de sempre” às páginas da internet de entidades governamentais dos Estados Unidos, bem como às de alguns gigantes da indústria do entretenimento. O fundador do Megaupload, Kim Schmitz, encontra-se detido na Nova Zelândia.
No mesmo dia em que a internet fez “greve”, com a suspensão temporária de sites como a Wikipedia e o Google num protesto contra duas propostas de lei sobre a regulação da pirataria na internet, a justiça norte-americana tomou a decisão de encerrar um dos mais populares sites de partilha de ficheiros.
O Megaupload.com era, segundo o FBI e o Ministério da Justiça norte-americano, um dos “maiores negócios de violação dos direitos de autor jamais realizados nos Estados Unidos". As autoridades acusam os responsáveis pelo site de provocarem perdas na ordem dos 500 milhões de dólares aos detentores de direitos de autor e de terem auferido lucros de 175 milhões de dólares com o serviço.
Fundador preso e Rolls-Royce apreendido
As acusações estendem-se a sete responsáveis pelo site, que enfrentam processos criminais por terem promovido “uma pirataria considerável na Internet de numerosos tipos de conteúdos protegidos pelos direitos de autor através do Megaupload.com e de outras páginas de Internet". Além da violação de direitos de autor, a acusação do tribunal federal da Virginia implica ainda o branqueamento de capitais e tentativa de extorsão. Quatro dos envolvidos foram detidos ontem na Nova Zelândia, entre eles o fundador do Megaupload, KimSchmitz, de 37 anos.
Na quinta-feira, a polícia neozelandesa encetou uma operação especial com dois helicópteros à mansão do homem conhecido como Kim Dotcom, em Auckland. As autoridades apreenderam cerca de 4,8 milhões de dólares em dinheiro, equipamento eletrónico, obras de arte e veículos de luxo como um Rolls-Royce e um Cadillac.
Apesar de nenhum dos envolvidos ter nacionalidade norte-americana, foi dos Estados Unidos que partiram os 20 mandatos de busca, uma vez que várias cidades do país, como Virginia e Washington, albergavam servidores do Megaupload. Os mandatos de captura eram extensíveis a mais oito países.
Acusações "grotescamente exageradas"
Antes do “apagão” os responsáveis pelo site publicaram na página principal um comunicado em que consideravam as acusações como “grotescamente exageradas”, acrescentando que “a vasta maioria do tráfego do Megaupload é legítimo e estamos aqui para ficar. Se a indústria de conteúdos quiser tirar vantagens da nossa popularidade, ficaremos felizes em dar início a um diálogo. Temos algumas ideias”, concluíram.
Quem não perdeu tempo na resposta foi o famigerado grupo de hackers Anonymous, que deitou mãos ao teclado para infligir “o maior ataque de sempre” aos sites de entidades governamentais dos Estados Unidos. Após um anúncio na rede social Twitter, as páginas do Ministério da Justiça, do FBI e da produtora discográfica Universal foram alguns dos alvos dos ataques dos piratas informáticos na quinta-feira à noite, com o serviço a ser totalmente restabelecido durante esta manhã.
Segundo um dos membros do grupo Anonymous, cerca de 5635 pessoas contribuíram para levar a cabo o ataque em grande escala.
Sarkozy apoia justiça dos EUA
Quem já se manifestou a favor do encerramento do Megaupload foi o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que congratulou a justiça norte-americana pela ação. "A disponibilização ilegal por este serviço de obras protegidas pelos direitos de autor, permitia aos seus promotores realizar lucros criminosos sob forma de receitas publicitárias ou de assinaturas dos seus utilizadores", emitiu num comunicado.
“A luta contra os sites de partilha de ficheiros ilegais, que baseiam o seu modelo comercial na pirataria das obras, constitui uma imperiosa necessidade para a preservação da diversidade cultural e a renovação da criação", concluiu Sarkozy.
O Megaupload foi lançado em 2005 e chegou a ser o 13º site com mais visitas na internet, através da distribuição de filmes, séries e música, entre outros conteúdos online. Atualmente tinha cerca de 150 milhões de utilizadores registados.
O Megaupload.com era, segundo o FBI e o Ministério da Justiça norte-americano, um dos “maiores negócios de violação dos direitos de autor jamais realizados nos Estados Unidos". As autoridades acusam os responsáveis pelo site de provocarem perdas na ordem dos 500 milhões de dólares aos detentores de direitos de autor e de terem auferido lucros de 175 milhões de dólares com o serviço.
Fundador preso e Rolls-Royce apreendido
As acusações estendem-se a sete responsáveis pelo site, que enfrentam processos criminais por terem promovido “uma pirataria considerável na Internet de numerosos tipos de conteúdos protegidos pelos direitos de autor através do Megaupload.com e de outras páginas de Internet". Além da violação de direitos de autor, a acusação do tribunal federal da Virginia implica ainda o branqueamento de capitais e tentativa de extorsão. Quatro dos envolvidos foram detidos ontem na Nova Zelândia, entre eles o fundador do Megaupload, KimSchmitz, de 37 anos.
Na quinta-feira, a polícia neozelandesa encetou uma operação especial com dois helicópteros à mansão do homem conhecido como Kim Dotcom, em Auckland. As autoridades apreenderam cerca de 4,8 milhões de dólares em dinheiro, equipamento eletrónico, obras de arte e veículos de luxo como um Rolls-Royce e um Cadillac.
Apesar de nenhum dos envolvidos ter nacionalidade norte-americana, foi dos Estados Unidos que partiram os 20 mandatos de busca, uma vez que várias cidades do país, como Virginia e Washington, albergavam servidores do Megaupload. Os mandatos de captura eram extensíveis a mais oito países.
Acusações "grotescamente exageradas"
Antes do “apagão” os responsáveis pelo site publicaram na página principal um comunicado em que consideravam as acusações como “grotescamente exageradas”, acrescentando que “a vasta maioria do tráfego do Megaupload é legítimo e estamos aqui para ficar. Se a indústria de conteúdos quiser tirar vantagens da nossa popularidade, ficaremos felizes em dar início a um diálogo. Temos algumas ideias”, concluíram.
Quem não perdeu tempo na resposta foi o famigerado grupo de hackers Anonymous, que deitou mãos ao teclado para infligir “o maior ataque de sempre” aos sites de entidades governamentais dos Estados Unidos. Após um anúncio na rede social Twitter, as páginas do Ministério da Justiça, do FBI e da produtora discográfica Universal foram alguns dos alvos dos ataques dos piratas informáticos na quinta-feira à noite, com o serviço a ser totalmente restabelecido durante esta manhã.
Segundo um dos membros do grupo Anonymous, cerca de 5635 pessoas contribuíram para levar a cabo o ataque em grande escala.
Sarkozy apoia justiça dos EUA
Quem já se manifestou a favor do encerramento do Megaupload foi o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que congratulou a justiça norte-americana pela ação. "A disponibilização ilegal por este serviço de obras protegidas pelos direitos de autor, permitia aos seus promotores realizar lucros criminosos sob forma de receitas publicitárias ou de assinaturas dos seus utilizadores", emitiu num comunicado.
“A luta contra os sites de partilha de ficheiros ilegais, que baseiam o seu modelo comercial na pirataria das obras, constitui uma imperiosa necessidade para a preservação da diversidade cultural e a renovação da criação", concluiu Sarkozy.
O Megaupload foi lançado em 2005 e chegou a ser o 13º site com mais visitas na internet, através da distribuição de filmes, séries e música, entre outros conteúdos online. Atualmente tinha cerca de 150 milhões de utilizadores registados.