Foi lançado um míssil sobre Israel proveniente do Iémen que, de acordo com as forças israelitas, atravessou o centro do país antes de atingir o território. Sem um cessar-fogo à vista, milhares de pessoas saíram à rua em protesto, em Telavive, exigindo a libertação dos reféns.
O exército israelita afirmou que um míssil disparado a partir do Iémen atravessou o centro de Israel antes de cair no território, sem causar feridos, este domingo.
"Um míssil terra-terra foi identificado quando atravessava o centro de Israel, depois a zona leste, tendo caído numa zona afastada", indicou, em comunicado, acrescentando não ter "registado qualquer ferido".Numa nota posterior, pouco antes das 07h00, as forças armadas israelitas referiram que o "míssil tinha sido disparado a partir do Iémen".
"As explosões ouvidas nos últimos minutos provêm do sistema de interceção [dos mísseis]. O resultado da interceção está a ser examinado", adiantou.
Os rebeldes huthis, que controlam várias zonas do Iémen, lançaram vários ataques contra Israel, afirmando atuar em solidariedade com os palestinianos na Faixa de Gaza, no âmbito da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.
Em julho, os huthis realizaram um ataque com `drone` contra Telavive, tendo morto um civil israelita. Na resposta, o exército israelita bombardeou o porto iemenita de Hodeida, controlado pelos huthis, a 20 de julho.
O chefe dos rebeldes huthis considerou, no início do mês passado, "ser inevitável" ripostar ao ataque israelita.
Há vários meses que os rebeldes huthis têm também como alvo navios, que consideram ligados a Israel, Estados Unidos ou Reino Unido, no golfo de Adem e no mar Vermelho.
Estes ataques perturbam o trânsito nesta zona marítima essencial para o comércio mundial, o que levou os Estados Unidos a criar uma coligação marítima internacional e atingir alvos rebeldes no Iémem, por vezes com a ajuda do Reino Unido.
Manifestantes israelitas exigem libertação de reféns
No sábado, milhares de pessoas protestaram, mais uma vez, nas ruas de Telavive. Exigem, consecutivamente, todos os sábados a libertação dos reféns e o cessar-fogo em Gaza.
As últimas manifestações têm resultado em várias detenções. O assassinato de seis reféns cujos corpos foram recuperados dias depois de terem sido mortos a tiro provocou uma onda de indignação em Israel.
Uma centena de israelitas continuam nas mãos do Hamas.
Do outro lado, na Faixa de Gaza, morreram pelo menos 14 pessoas nos ataques aéreos israelitas que atingiram o centro e o sul da Faixa de Gaza. Os bombardeamentos atingiram uma casa onde viviam 11 pessoas.
Um outro ataque atingiu uma tenda em Khan Younis onde viviam palestinianos deslocados.
As Forças de Defesa de Israel revelam ter atacado operacionais do Hamas num centro de comando que funcionava numa escola.
Mais de 41 mil palestinianos já morrerem desde o início da ofensiva israelita, de acordo com os números do ministro da Saúde de Gaza.
C/agências