Guerra na Ucrânia e crise energética discutidas na cimeira da UE com os Balcãs Ocidentais

por Lusa
UE e Balcãs Ocidentais procuram respostas para a crise que se vive na Europa Reuters

A primeira cimeira da União Europeia (UE) com os Balcãs Ocidentais na região decorre esta terça-feira na capital albanesa, em Tirana, com o foco nos impactos da guerra na Ucrânia e da crise energética, visando um “novo dinamismo” diplomático.

Naquela que é a primeira vez que um país dos Balcãs Ocidentais acolhe esta reunião de alto nível, juntam-se em Tirana chefes de Governo e de Estado dos 27 Estados-membros da UE, bem como da Albânia, Bósnia-Herzegovina, Macedónia do Norte, Montenegro, Kosovo e da Sérvia, depois de o presidente sérvio ter retrocedido na sua intenção de falhar ao encontro por tensões com o primeiro-ministro kosovar.

Portugal estará representado no encontro pelo primeiro-ministro, António Costa.

Organizada para reafirmar a importância do alargamento do bloco a esta região, no contexto da guerra na Ucrânia e da crise energética, esta cimeira UE-Balcãs Ocidentais será “um claro sinal do contínuo compromisso de alto nível da UE em se empenhar com a região”, referiu um alto responsável europeu.

Isso mesmo consta da Declaração de Tirana que será assinada pelos líderes dos 27 Estados-membros da UE e dos seis países da península balcânica, segundo o rascunho a que a agência Lusa teve acesso, no qual o bloco comunitário “reafirma o seu compromisso total e inequívoco com a perspetiva de adesão à UE dos Balcãs Ocidentais e apela à aceleração do processo de adesão”.

O bloco comunitário reafirma, porém, a necessidade de os seis países realizarem “reformas credíveis”, para preencherem os critérios de adesão.

Em 2013, a Croácia tornou-se o primeiro país dos Balcãs Ocidentais a aderir à UE, sendo que o Montenegro, a Sérvia, a Macedónia do Norte e a Albânia são oficialmente países candidatos.

Entretanto, foram iniciadas negociações e abertos procedimentos de adesão com o Montenegro e a Sérvia, enquanto a Bósnia-Herzegovina e o Kosovo são candidatos potenciais à adesão.

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