Guiné-Bissau. UE pede libertação de detidos e regresso à ordem constitucional

A União Europeia pediu hoje a libertação de todos os detidos na Guiné-Bissau e o rápido regresso do país à ordem constitucional, após o golpe de Estado liderado por militares na quarta-feira.

Lusa /

"Insistimos na necessidade da libertação de todos os detidos", referiu o porta-voz da Comissão Europeia para os Negócios Estrangeiros Anouar El Anouni.

"Saudamos a libertação ontem [quinta-feira] do Presidente Umaro Sissoco Embalo", acrescentou ainda o porta-voz do executivo comunitário.

Embaló, deposto na quarta-feira por um golpe militar, foi libertado e transportado para o Senegal na quinta-feira.

El Anouni reiterou ainda o apelo a "um rápido regresso à ordem constitucional e à retoma do processo eleitoral".

A UE quer ver concluído o processo de contagem dos votos, apelando a que o resultado das eleições seja aceite por todas as partes.

A junta militar que tomou o poder na Guiné-Bissau nomeou general Horta Inta-A como Presidente de transição pelo período de um ano.

Os militares anunciaram a suspensão do processo eleitoral na véspera da divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

As eleições, que decorreram sem registo de incidentes, realizaram-se sem a participação do principal partido da oposição, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e do seu candidato, Domingos Simões Pereira, excluídos da corrida eleitoral e que declararam apoio ao candidato opositor Fernando Dias da Costa.

Simões Pereira foi detido após o anúncio da junta militar. A oposição, que reclamou vitória nas eleições presidenciais, denuncia a intervenção militar como uma manobra orquestrada pelo Presidente cessante para travar a divulgação dos resultados eleitorais.

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