Guiné Equatorial anuncia vencedores de licenças para exploração de blocos minerais e petrolíferos
O Ministério das Minas e dos Hidrocarbonetos da Guiné Equatorial anunciou hoje, durante o Fórum dos Países Exportadores de Gás, os vencedores das concessões para a exploração de blocos mineiros, de petróleo e gás no país.
De acordo com o Governo equato-guineense, o concurso, lançado em abril, recebeu interesse de 53 empresas nacionais e internacionais, sendo que 17 apresentaram propostas para obter estas licenças.
A concessão do Bloco EG-27 (anteriormente conhecido como Bloco R, cuja licença atribuída à Ophir não foi renovada), na bacia do Níger, foi atribuída à multinacional russa Lukoil. Na mesma bacia, o Bloco EG-23, que comporta a descoberta de gás Estaurolita, foi atribuído à WalterSmith e à Hawtai Energy.
A exploração do Bloco EG-09, na bacia de Duala, ficará a cargo da Noble Energy.
Na bacia de Rio Muni, o Bloco EG-18 foi atribuído à Africa Oil Corporation, os Blocos EG-03, EG-04 e EG-19 ficam a cargo da Vaalco Energy e da Levene Energy.
Além de ter obtido a licença para explorar o Bloco EG-28, a GEPetrol, empresa nacional de petróleo da Guiné Equatorial, irá ter uma participação em todas as concessões.
Na primeira ronda de licenciamento de explorações minerais pela Guiné Equatorial, foram também distribuídas 15 licenças para a exploração de ouro, prata, bauxite, coltan e outros metais preciosos.
A Blue Magnolia irá ter sete blocos para a exploração de cobre, metais de terras raras, platina, ouro, urânio, bauxite e chumbo.
Já a Oro Sac ACorp conquistou licenças para a exploração de quatro blocos para a extração de minérios, pratas, cobre, zinco, chumbo e níquel.
A Akoga Resources obteve licenças para a exploração de dois blocos para extrair platina, enquanto a Manhattan Mining Investment e a Shefa Minerals receberam, cada uma, um bloco para a extração de minérios.
O ministro equato-guineense das Minas e dos Hidrocarbonetos, Gabriel Obiang Lima, fez um balanço positivo deste concurso e diz que "demonstra que a Guiné Equatorial consegue atrair interesse significativo dos investidores na comunidade petrolífera, assim como da indústria mineira".
"Esperamos atrair no próximo ano ainda mais investimentos para o nosso país", acrescentou o ministro, filho do Presidente, Teodoro Obiang Nguema.
Durante o Fórum dos Países Exportadores de Gás, que hoje se iniciou e que se realiza na capital equato-guineense até dia 29 deste mês, o Ministério das Minas e dos Hidrocarbonetos assinou ainda um acordo de cooperação com a empresa de investigação geológica russa Rosgeo e com a petrolífera estatal venezuelana, PDVSA, para estudos de prospeção em território da Guiné Equatorial.
O departamento governamental espera agora assinar os contratos de partilha de produção "assim que possível" para entrar na fase seguinte de negociação.
A próxima ronda de licenciamento da Guiné Equatorial irá decorrer em 2020.