Guiné Equatorial em 51.º lugar do Índice Ibrahim de Governação Africana

por Lusa

A Guiné Equatorial manteve a 51.ª posição no Índice Ibrahim de Governação Africana (IIAG) 2022, apesar do progresso em aceleração, indica um relatório hoje publicado. 

Acima apenas da Eritreia, Somália e Sudão do Sul, o país registou melhorias nas categorias de "Bases para oportunidades económicas" e "Segurança e Estado de direito", mas deterioração em "Participação, direitos e inclusão" e "Desenvolvimento humano", refere o índice elaborado pela Fundação Mo Ibrahim.

Os países com pontuação mais baixa têm em comum líderes no poder há pelo menos de 18 anos, sendo o presidente Teodoro Obiang aquele com o mandato mais longo, 44 anos.

O relatório destaca ainda que a Guiné Equatorial está entre os "países mais corruptos da África", com uma governação pouco transparente e problemas de violação dos direitos humanos. 

Apesar de a Guiné Equatorial ter o quarto maior Produto Interno Bruto (PIB) `per capita` do continente graças às receitas da exploração de petróleo e gás natural e gerar capital para o país, cria poucos empregos para a população, referem os autores. 

O Índice Ibrahim de Governação Africano mede anualmente a qualidade da governação em 54 países africanos através da compilação de dados estatísticos do ano anterior.  

Apesar de ter registado um progresso ligeiro de 1,1 pontos na última década, entre 2012 e 2021, a curva de crescimento que o IIAG vinha a registar desde 2014 estagnou desde 2019.  

A desaceleração, que coincide com o período da pandemia de covid-19, deve-se sobretudo ao aumento de conflitos armados, repressão contra civis e retrocessos democráticos em geral, que causaram deteriorações em termos de segurança, respeito do Estado de direito, participação e direitos civis.

Estes recuos anularam avanços registados em África com mais oportunidades económicas e desenvolvimento humano, em particular no acesso a cuidados de saúde.

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