Guterres condena morte de funcionário da ONU detido pelos houthis

por Lusa
Os funcionários da ONU continuam a ser um alvo dos rebeldes Huthis Yahya Arhab - EPA

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou "de forma veemente" a morte sob custódia de um dos funcionários do Programa Alimentar Mundial (PAM) no norte do Iémen, após ter sido detido pelos rebeldes houthis em janeiro.

Guterres expressou as "mais profundas condolências" à família do funcionário e colegas no PAM, e apelou a uma "investigação imediata, transparente e completa e que os responsáveis sejam responsabilizados pelas suas ações".

Num comunicado divulgado na terça-feira, o português disse que "as circunstâncias que rodeiam esta deplorável tragédia permanecem obscuras e a ONU está a pedir explicações urgentes às autoridades de facto".

Desde 2021, os houthis detiveram vários trabalhadores da ONU, um número que agora ronda os 25.

Dezenas de funcionários das Nações Unidas, organizações não governamentais iemenitas e internacionais, organizações da sociedade civil e missões diplomáticas "continuam detidos, alguns deles há vários anos", disse Guterres.

"A sua detenção arbitrária contínua é inaceitável", lamentou o secretário-geral da ONU.

"Reitero o meu apelo à sua libertação imediata e incondicional", acrescentou Guterres, referindo que a ONU "está a monitorizar de perto esta situação" e continuará a tomar "as medidas apropriadas para garantir a segurança da sua equipa nos seus esforços para ajudar o povo iemenita".

A reação do português surgiu horas depois do PAM ter confirmado a morte de um dos trabalhadores, cuja identidade não foi divulgada, detidos pelos Huthis desde 23 de janeiro por razões desconhecidas.

A vítima mortal trabalhava nesta agência da ONU desde 2017.

 

 

Tópicos
PUB