Guterres e Zelensky discutem esforços diplomáticos para resolver conflito

O secretário-geral da ONU, António Guterres, manteve esta terça-feira uma conversa telefónica com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na qual discutiram os recentes esforços diplomáticos para acabar com o conflito na Ucrânia e o impacto da guerra nos civis.

Lusa /
Alina Yarysh - Reuters

A informação foi partilhada pelo gabinete de Guterres, que enfatizou a importância de se manter o ímpeto diplomático que se tem registado nos últimos meses e reafirmou o apoio da ONU a um cessar-fogo como primeiro passo para uma paz justa e sustentável, que defenda plenamente a soberania, a independência e a integridade territorial da Ucrânia.

Na conversa, Guterres reafirmou o compromisso das Nações Unidas em continuar a satisfazer as necessidades humanitárias da Ucrânia no terreno e a apoiar os esforços de recuperação e reconstrução.

Na semana passada, António Guterres e Volodymyr Zelensky encontraram-se em Nova Iorque, durante a semana de alto nível da Assembleia-Geral da ONU, e discutiram a guerra na Ucrânia, iniciada pela invasão russa em fevereiro de 2022, e o impacto do conflito a nível global.

Moscovo e Kiev realizaram este ano três rondas de negociações diretas em Istambul, na Turquia, em maio, junho e julho, nas quais apenas concordaram com a troca de prisioneiros de guerra e de corpos de soldados.

Quanto ao resto, limitaram-se a apresentar as respetivas posições sobre qual devia ser a fórmula para resolver o conflito.

O Presidente russo, Vladimir Putin, endureceu ainda mais as posições desde a cimeira de meados de agosto com o homólogo norte-americano, Donald Trump, no Alasca, após a qual recusou reunir-se com Volodymyr Zelensky.

Também recusou declarar um cessar-fogo e o envio de tropas ocidentais para a Ucrânia, como garantia de segurança para Kiev após um possível acordo.

A Rússia exige a desmilitarização e a rendição da Ucrânia, bem como a cedência das regiões ucranianas cuja anexação reivindicou, embora sem as controlar totalmente.

Por seu lado, Kiev considera estas condições inaceitáveis e exige garantias de segurança dos aliados ocidentais, por recear um novo ataque da Rússia, mesmo que fosse alcançado um acordo de paz.

A Rússia invadiu e anexou a Crimeia em 2014 e, desde a invasão de 2022, declarou como anexadas as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.

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