Mundo
Guerra no Médio Oriente
Hamas aceita libertar dez reféns nas negociações de cessar-fogo
O Hamas adiantou esta quarta-feira que aceitou libertar dez reféns no âmbito dos esforços em curso para alcançar um cessar-fogo em Gaza. No entanto, o grupo palestiniano afirma que as negociações para uma trégua estão a ser "difíceis" devido à intransigência por parte de Israel. Netanyahu, por sua vez, mostra-se confiante num acordo de tréguas.
Após três dias de negociações indiretas no Catar, não há ainda nenhum acordo para um cessar-fogo em Gaza. No entanto, o Hamas concordou em libertar dez reféns, afirmando que o seu objetivo é "superar os obstáculos" para chegar a um acordo, apesar do que descreveu como "negociações difíceis".
"Embora as negociações (...) continuem difíceis devido à intransigência da ocupação, continuamos a trabalhar seriamente e com um espírito positivo com os mediadores para ultrapassar os obstáculos", afirmou o Hamas em comunicado.
"De forma a levar os esforços em curso a uma conclusão bem-sucedida, o Hamas demonstrou a flexibilidade necessária e concordou em libertar dez prisioneiros", acrescentou o comunicado. O grupo palestiniano afirma que entre os vários pontos de discórdia está a entrega de ajuda humanitária, a retirada das forças israelitas da Faixa de Gaza e "garantias genuínas" de um cessar-fogo permanente.
Falando sob condição de anonimato, uma autoridade palestiniana disse à AFP que a delegação israelita se recusou "a aceitar o livre fluxo de ajuda para Gaza" e a retirada das tropas do território.
"Houve uma troca de opiniões, mas nenhum progresso", disse outra fonte palestiniana.
Netanyahu confiante num acordo de tréguas
Apesar disso, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que havia “uma boa hipótese” de se chegar a um acordo, partilhando o otimismo do presidente norte-americano. Donald Trump disse esta quarta-feira que mantém a expectativa de que seja alcançado um acordo de cessar-fogo para Gaza esta semana ou na próxima.
"Sim, penso que estamos a aproximar-nos de um acordo. Penso que há uma boa hipótese de o conseguirmos", disse Netanyahu depois de ter estado reunido com Trump em Washington na segunda e terça-feira.
"Estamos a falar de um cessar-fogo de 60 dias, durante o qual metade dos reféns vivos e metade dos mortos seriam entregues a Israel por estes monstros do Hamas", disse Netanyahu à FOX Business Network.
"De forma a levar os esforços em curso a uma conclusão bem-sucedida, o Hamas demonstrou a flexibilidade necessária e concordou em libertar dez prisioneiros", acrescentou o comunicado. O grupo palestiniano afirma que entre os vários pontos de discórdia está a entrega de ajuda humanitária, a retirada das forças israelitas da Faixa de Gaza e "garantias genuínas" de um cessar-fogo permanente.
Falando sob condição de anonimato, uma autoridade palestiniana disse à AFP que a delegação israelita se recusou "a aceitar o livre fluxo de ajuda para Gaza" e a retirada das tropas do território.
"Houve uma troca de opiniões, mas nenhum progresso", disse outra fonte palestiniana.
Netanyahu confiante num acordo de tréguas
Apesar disso, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que havia “uma boa hipótese” de se chegar a um acordo, partilhando o otimismo do presidente norte-americano. Donald Trump disse esta quarta-feira que mantém a expectativa de que seja alcançado um acordo de cessar-fogo para Gaza esta semana ou na próxima.
"Sim, penso que estamos a aproximar-nos de um acordo. Penso que há uma boa hipótese de o conseguirmos", disse Netanyahu depois de ter estado reunido com Trump em Washington na segunda e terça-feira.
"Estamos a falar de um cessar-fogo de 60 dias, durante o qual metade dos reféns vivos e metade dos mortos seriam entregues a Israel por estes monstros do Hamas", disse Netanyahu à FOX Business Network.
Netanyahu salienta, no entanto, que não quer um acordo “a qualquer preço”. “Israel tem requisitos de segurança e outros requisitos e estamos a trabalhar juntos para tentar alcançá-los", disse o primeiro-ministro israelita no fim do encontro com Trump.
Na terça-feira, o enviado especial de Trump para o Médio Oriente, Steve Witkoff, disse esperar um acordo "até ao final da semana" sobre uma trégua de 60 dias e a libertação dos reféns.
O projeto de acordo prevê a devolução de dez reféns vivos e dos corpos de outros nove. Das 251 pessoas raptadas durante o ataque de 7 de outubro de 2023, 49 continuam detidas em Gaza, 27 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelita.
O projeto de acordo prevê a devolução de dez reféns vivos e dos corpos de outros nove. Das 251 pessoas raptadas durante o ataque de 7 de outubro de 2023, 49 continuam detidas em Gaza, 27 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelita.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Sa'ar, também considerou um acordo "possível". Para o chefe do Estado-Maior israelita, Eyal Zamir, foram as operações do exército que "impulsionaram o acordo".
"Enfraquecemos seriamente as capacidades militares e governamentais do Hamas", disse. "Graças ao poder operacional que gerámos, foram criadas as condições para avançar para um acordo para a libertação dos reféns", acrescentou.
"Enfraquecemos seriamente as capacidades militares e governamentais do Hamas", disse. "Graças ao poder operacional que gerámos, foram criadas as condições para avançar para um acordo para a libertação dos reféns", acrescentou.
A par das negociações e da reivindicação de progressos militares, o exército israelita anunciou esta quarta-feira a expansão das operações terrestres na região de Beit Hanun, no norte da Faixa de Gaza, após a morte de cinco soldados em combates com o Hamas.
O conflito foi desencadeado em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas em solo israelita, que fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 57 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.
Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 57 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.