Hollande visita centro das Filipinas, atingido por tufão Haiyan em 2013

O Presidente francês, François Hollande, chegou hoje a Guiuan, no centro das Filipinas, para chamar a atenção para as alterações climáticas.

Lusa /

Este é o segundo dia da visita de Hollande aquele país asiático e ocorre depois de na quinta-feira o Presidente francês ter lançado o "apelo de Manila" para exortar o planeta a chegar a acordo sobre o clima na conferência mundial agendada para dezembro, em Paris.

O Presidente francês foi recebido por responsáveis de Guiuan, atingida a 08 de novembro de 2013 pelo tufão Haiyan.

François Hollande explicou que a sua visita não era apenas a de um Presidente da República francesa, mas também a da "comunidade internacional que se mobiliza para obter resultados na conferência de Paris".

Trata-se de "dar visibilidade ao que podem ser as alterações climáticas", sublinhou o líder francês, que durante uma escala de duas horas tinha previstos encontros com pescadores e população da ilha de 47.000 habitantes.

O tufão Haiyan, com ventos de 230 km/h causou mais de 7.350 mortos e elevados estragos a 08 de novembro de 2013, tendo tocado terra precisamente em Guiuan.

O resultado da conferência de Paris vai influenciar "a vida de milhares de milhões de pessoas", de acordo com o texto.

"O apelo de Manila pede que o mundo seja mais justo entre países desenvolvidos e países frágeis, entre países ricos e pobres, e entre gerações também", disse Hollande, no primeiro dia de uma visita de 48 horas, a primeira de um presidente francês ao arquipélago, desde a independência das Filipinas em 1947.

As gerações que "extraíram recursos do planeta" têm agora "o dever de atuar para que os seus filhos e netos possam simplesmente viver neste planeta", sublinhou perante "a incerteza ainda" de se conseguir alcançar um acordo em Paris, no final de dezembro.

Os 195 devem "fazer tudo o que for possível para responder ao desafio das alterações climáticas", declarou também o presidente filipino.

O arquipélago das Filipinas é um dos países mais atingidos no mundo pelo aumento das temperaturas. O super-tufão Haiyan, de violência inédita e sem precedentes, com ventos de 230 quilómetros/hora, causou mais de 7.350 mortos a 08 de novembro de 2013.

Todos os anos, as Filipinas, país em desenvolvimento de 100 milhões de habitantes, são fustigadas entre junho e outubro por uma vintena de tempestades violentas e tufões, cuja frequência tem vindo a aumentar.

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