Hotéis de Amã eram a base da guerra anti-Islão, diz a Al-Qaeda
O braço iraquiano da Al-Qaida afirmou hoje num comunicado divulgado na Internet que os hotéis de Amã alvo de um triplo atentado quarta-feira tinham-se tornado o ponto de partida da "guerra contra o Islão".
"Na sequência de um atentado abençoado dos heróis de Ouma (a nação islâmica) contra as forças do mal em Amã, empenhámo-nos em clarificar algumas das razões que (nos conduziram) a visar estes centros", pode ler-se no comunicado divulgado na Internet em nome da organização da Al-Qaida na Mesopotâmia e cuja autenticidade não pôde ser comprovada.
Estes três hotéis tinham-se tornado "o ponto de partida da guerra contra o Islão e ao apoio da presença dos Cruzados no Iraque, na península arábica e na Palestina", acrescenta o texto.
Três atentados suicidas visaram quarta-feira à noite os hotéis Radisson SAS, Hyatt e Days Inn de Amã, fazendo 56 mortos (além dos bombistas suicidas).
Reivindicados hoje de manhã na Internet pelo braço iraquiano da Al-Qaida, estes atentados são os piores ataques terroristas de sempre na Jordânia.
O comunicado acrescenta que membros da Al-Qaida "estudaram e assinalaram alvos do interior durante um período bastante longo".
Os três hotéis "tinham-se tornado o local de trabalho preferido dos serviços secretos norte-americanos e israelitas, assim como de alguns países da Europa Ocidental", acrescenta o comunicado.
Nestes hotéis "eram lançadas batalhas secretas, chamadas de guerra contra o terrorismo", com a participação dos serviços secretos egípcios e (sauditas) assim como os da Autoridade Palestiniana e do traidor da Jordânia (Abdallah II), acrescenta o texto, salientando que estas acções eram conduzidas com o "objectivo de atacar os mujaidines na Palestina, na Mesopotâmia e na península arábica".
TM.
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