A agência espacial norte-americana NASA deu a conhecer esta semana um problema no sistema de hardware do "Hubble" que deixou inoperacional a câmara principal do Telescópio Espacial. Um problema que não vai ser resolvido assim tão depressa devido à falta de operacionais resultante do shutdown económico norte-americano.
At 17:23 universal time, the Wide Field Camera 3 suspended operations due to a hardware problem. Hubble will continue to perform science with its other instruments while the Wide Field Camera 3 anomaly is investigated: https://t.co/ETEDYPwDtd
— Hubble (@NASAHubble) 9 de janeiro de 2019
A grande questão é quando o problema poderá ser resolvido, isto porque a NASA, assim como outras agências do governo federal norte-americano, está parcialmente paralisada desde 22 de dezembro, devido ao impasse financeiro designado por Shutdown criado entre o Congresso e o presidente Donald Trump.
This is when everyone gets a reminder about two crucial aspects of space exploration: 1) complex systems like @NASAHubble only work due to a dedicated team of amazing experts; 2) all space systems have finite life-times and such issues are bound to happen from time to time🤞🛰🌌 https://t.co/1Bd0NcmVVW
— Thomas Zurbuchen (@Dr_ThomasZ) 9 de janeiro de 2019
Hubble - um grande olho espacial
O problema que agora se apresenta nos sistema da Wide Field Camera 3 foi instalado numa das missões, ainda durante a utilização do vaivém espacial, agora inativo.
Uma tentativa por parte do pessoal instalado na Estação Espacial Internacional também não é passível de ser feita, por o Hubble estar numa órbita muito afastada (altitude) da EEI. Razão pela qual, desde 2011, o telescópio se tem degradado.
De acordo com a equipa que gere o telescópio, do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial, o Hubble transporta três outras câmaras ativas - a Advanced Camera for Surveys (ACS), o Space Telescope Imaging Spectrograph (STIS) e o Espectrógrafo de Origens Cósmicas (COS) - que continuam a trabalhar, mesmo com a Wide Field Camera 3 desligada.
Depois de vários problemas ao longo da vida – quase 30 anos - lentes defeituosas, giroscópios avariados, painéis solares inoperacionais, a falha na WFC 3 é sinónimo da profunda degradação deste marco cientifico humano que será sempre recordado como o primeiro grande olho espacial que revelou os Pilares da [nossa] Criação.