Hugo Chávez obséquia um novo sarcófago a Simón Bolívar aos 181 anos da sua morte
Caracas, 18 dez (Lusa) O presidente venezuelano Hugo Chávez presidiu sábado aos atos evocativos do 181º aniversário da morte de Simón Bolívar, com o descerramento do novo sarcófago onde irão repousar os restos mortais do libertador no Panteão Nacional.
"Bolívar saiu da urna, fez-se povo e não haverá força neste mundo que volte a enterrá-lo ou congelá-lo novamente, está vivo neste povo, nos nossos soldados, nas nossas batalhas", disse Hugo Chávez durante o ato que contou com a presença dos embaixadores da Bolívia, Equador, Panamá, Colômbia e Peru.
Feito em madeira de caoba, o novo sarcófago contém um baú de cristal onde repousam os restos de Simón Bolívar que viveu entre 24 julho 1783 e 17 dezembro 1830.
Militar e político venezuelano, Simon Bolívar contribuiu decisivamente para a independência da Bolívia, Colômbia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela, do império espanhol, recebendo o título de `El Libertador` das autoridades de Mérida (Venezuela).
O caixão foi construído em 2010 após a exumação do `Libertador`, para determinar as causas exatas da sua morte e verificar que efetivamente se tratava dos seus restos.
Tem as oito estrelas da bandeira nacional, o escudo da Venezuela e 47 pontas de lança que evocam as suas lutas, tudo banhado a ouro e está decorado com pérolas de Cubágua e diamantes do maciço Guayanês, tendo sido usadas três barras de ouro doadas pelo Banco Central da Venezuela.
"Sabemos, sem dúvida, que os teus restos estão connosco, o teu pequeno cadáver de capitão valente", sentenciou Hugo Chávez durante a cerimónia vincando que o seu esqueleto lhe pareceu o de um menino.
Segundo os historiadores, Simón Bolívar morreu de tuberculose na cidade colombiana de Santa Marta, uma versão que Hugo Chávez discorda e insiste que terá sido envenenado.