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Hungria adia ratificação da adesão de Suécia e Finlândia à NATO

por Lusa
Yves Herman - Reuters

A Hungria adiou na terça-feira o processo de ratificação da adesão da Suécia e da Finlândia à NATO até ao final de fevereiro de 2023, depois de ter anunciado anteriormente que seria em dezembro.

A entrada dos dois países escandinavos na Aliança Atlântica já foi ratificada por 28 dos 30 membros da organização, incluindo Portugal, faltando o acordo da Hungria e da Turquia.

O debate de ratificação em Bucareste não começará antes do reinício dos trabalhos parlamentares em 20 de fevereiro, anunciou o ministro do Interior, Gergely Gulyás, segundo a agência espanhola EFE.

Gulyás disse que o processo não demorará muito tempo.

Anteriormente, vários membros do executivo húngaro tinham anunciado que a ratificação teria lugar no início de fevereiro, depois de, em outubro, o Governo ter admitido que seria neste mês de dezembro.

Gulyás disse que o apoio dos deputados do Governo, que têm uma maioria de dois terços no parlamento húngaro, "parece estar assegurado".

"Tal como podemos contar com os nossos aliados, os nossos aliados podem contar connosco", afirmou.

A Finlândia e a Suécia candidataram-se à adesão à NATO em reação à invasão da Ucrânia pela Rússia.

O primeiro-ministro ultranacionalista da Hungria, Viktor Orbán, é o líder da União Europeia (UE) com os laços mais estreitos com Moscovo.

Vários países da UE, incluindo a Alemanha, e mesmo aliados tradicionais húngaros como a República Checa, a Polónia e a Eslováquia, apelaram a Budapeste para que aprovasse a ratificação da adesão da Finlândia e da Suécia.

O Governo turco, que inicialmente se opôs à entrada da Suécia e da Finlândia, acusando-os de albergar militantes curdos considerados terroristas por Ancara, defende que os dois países têm de tomar mais medidas para obter a autorização final.

A NATO não participa diretamente na guerra da Ucrânia, mas a organização e os aliados têm apoiado Kiev no conflito.

Esse apoio inclui o fornecimento de equipamento militar, o que permitiu a Kiev lançar uma contraofensiva e reconquistar terreno sob controlo das forças russas.

Antes de invadir a Ucrânia, em 24 de fevereiro, a Rússia exigiu à NATO garantias em forma de tratados de que o país vizinho nunca faria parte da organização militar.

Moscovo exigiu também que as forças aliadas retirassem as suas forças na Europa para as fronteiras anteriores ao alargamento da NATO a Leste.

A NATO recusou essas exigências com base no seu princípio de "porta aberta" e, entretanto, a Ucrânia pediu formalmente a adesão à organização, tal como a Suécia e a Finlândia.

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