"Enquanto Igreja-mãe de Jerusalém, regozijámo-nos profundamente pela eleição do novo pastor da Igreja católica, escolhido pelos cardeais no conclave, mas acima de tudo pelo Espírito Santo", indicou um comunicado do Patriarcado Latino (católico romano) de Jerusalém.

A Igreja-mãe de Jerusalém é assim designada porque é considerada como a "mãe" de todas as Igrejas do mundo e da memória coletiva da história da vida de Cristo.

"Esperamos que [o novo papa] continue a trabalhar pela paz e pela justiça no Médio Oriente, especialmente na Terra Santa", o berço do cristianismo, sublinhou o mesmo comunicado.

"Desde já asseguramos que iremos trabalhar ao vosso lado, como fizemos com os seus antecessores, para permitir avanços concretos no diálogo inter-religioso na nossa região", afirmou Fouad Twal.

"Querido Santo Padre, a Terra Santa espera com calor e impaciência a honra e a alegria de recebê-lo", concluiu o comunicado, que termina com a frase tradicional de saudação em árabe "Ahlan wa sahlan!".

Por seu lado, o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, convidou o líder da Igreja católica a visitar Belém, na Cisjordânia, o lugar do nascimento de Jesus, segundo a tradição católica.

Também convidou o papa Francisco a "trabalhar para a paz, em particular no Médio Oriente".

O cardeal-arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, foi hoje eleito papa pelos 115 cardeais reunidos em Roma, assumindo o nome de Francisco I.

O papa Francisco I sucede a Bento XVI e é o 266.º papa da igreja católica.