Igrejas de Los Angeles vão funcionar como santuários para ajudar imigrantes ilegais

por Lusa

Doze igrejas na área de Los Angeles, nos EUA, vão funcionar como santuários para as famílias migrantes, no momento em que se iniciou a operação para deportar imigrantes do Governo de Donald Trump.

Um dos responsáveis da Clergy and Laity United for Economic Justice, Guillermo Torres, associação que junta responsáveis de igrejas e leigos, atribuiu esta iniciativa a um crescente sentimento de indignação com as ações do Governo norte-americano sobre a imigração.

A operação a nível nacional do Governo do Presidente norte-americano para identificar, deter e deportar imigrantes ilegais, começou no domingo, com recurso às forças da Agência de Imigração e de Controlo de Alfândegas.

As operações vão decorrer em pelo menos 10 cidades de todo o país, incluindo Nova Iorque.

O governante referiu que a operação pretende tornar a situação migratória mais justa para os que aguardam há vários anos para serem cidadãos norte-americanos através de um processo legal.

Esta vaga de detenções e de deportações em massa de imigrantes indocumentados foi inicialmente anunciada a 21 de junho por Trump, mas foi posteriormente adiada em duas semanas sob o pretexto de dar tempo ao Congresso para alcançar um compromisso sobre futuras medidas de segurança para a fronteira sul do país (Estados Unidos/México).

Esta operação tem contornos similares a ações que têm sido realizadas, de forma regular, desde 2003, muitas delas dando origem a centenas de detenções.

A luta contra a imigração ilegal tem sido uma das prioridades políticas de Donald Trump, que já descreveu como uma ameaça à segurança nacional os milhares de migrantes oriundos da América Central que têm tentado entrar nos Estados Unidos nos últimos meses.

Em junho, cerca de 104 mil pessoas foram presas ou colocadas em centros de detenção após terem atravessado ilegalmente a fronteira com o México, menos 40 mil do que em maio.

Reportagens divulgadas pelos `media` norte-americanos e relatórios de ativistas de direitos civis têm denunciado a existência de condições deploráveis nos centros de detenção de migrantes sem documentação nas fronteiras do sul dos Estados Unidos, em muitos casos envolvendo crianças que são separadas dos pais e deixadas em situação de risco.

Segundo o centro de pesquisa norte-americano Pew Research Center, 10,5 milhões de imigrantes viviam ilegalmente nos Estados Unidos em 2017. Quase dois terços vivem no país há mais de uma década.

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