Política
IL questiona Embaixada de Moçambique sobre humoristas retidos. "MNE está a ver se não melindra o regime"
A Iniciativa Liberal (IL) quer que a embaixadora de Moçambique em Portugal preste esclarecimentos sobre o caso dos três humoristas lusófonos que viram recusada a entrada em território moçambicano e considera que foram as posições políticas do humorista angolano Gilmário Vemba sobre a situação em Moçambique que ditaram a decisão do Estado moçambicano de impedir a entrada dos três cidadãos no país.
"É demasiado notório que este barramento de Hugo Sousa, Gilmário Vemba e Murilo Couto prende-se pelo facto de Gilmário Vemba, ao longo do último ano, ter tomado posição política de afinidade, de proximidade ou de apoio a Venâncio Mondlane [o líder da oposição em Moçambique]. Ainda há dez dias estiveram juntos e, portanto, claramente é essa a razão", diz, em declarações à Antena 1, Rodrigo Saraiva.
É nesse sentido que a Iniciativa Liberal já enviou carta à embaixadora moçambicana em Portugal, Stella Novo Zeca, em que os liberais manifestam "perplexidade e preocupação" com a recusa da entrada em território moçambicano aos três humoristas. "A partir do momento em que há um cidadão português, Hugo Sousa, barrado a entrar em Moçambique, aquilo que o Governo português deveria ter feito era questionar por canais diplomáticos ou canais políticos, o Governo de Moçambique. Ou através da Embaixada de Moçambique em Lisboa. Portanto, nós antecipámos que o Governo não o iria fazer e fizemo-lo nós", afirma o deputado da IL e vice-presidente da Assembleia da República, que insiste: "A IL está a fazer aquilo que o Ministério dos Negócios Estrangeiros deveria ter feito".
O pedido surge na sequência dos esclarecimentos do diretor-geral do Serviço Nacional de Migração (Senami) moçambicano, que justificou a recusa de entrada no país aos três humoristas com o facto de terem tentado fazê-lo com visto de turismo, quando o objetivo era fazer um espetáculo, ou seja, uma atividade profissional: “Não obedeceram aos critérios", disse o diretor-geral, Zainedine Danane.
O partido salienta ainda que, perante as regras de entrada e permanência em território moçambicano, o Governo português deveria ter tido outra forma de atuar e de questionar Maputo.
"O nosso Ministério dos Estrangeiros está a ver se não melindra o regime de Moçambique perante um ato grave de limitação de liberdade de circulação e de liberdade política de cidadãos lusófonos a entrar em Maputo. Gilmário Vemba já esteve em Moçambique no passado, exatamente da mesma forma. Foi fazer espetáculos. Ele estava a proceder da mesma forma que procedeu no passado e, desta vez, foi barrado", lamenta o deputado.
Humoristas lusófonos já estão de regresso a Portugal
Entretanto, os três humoristas já estão de regresso a Portugal, após terem ficado retidos no Aeroporto de Maputo, como refere, em comunicado, o grupo Tons de Comédia, do qual fazem parte os três humoristas.
"A produção local conseguiu providenciar-lhes comida e bebida. E, neste momento, encontram-se já em viagem de regresso a Lisboa, onde vão ficar os próximos dias até partirem para a Tour no Brasil", disse, em comunicado, o grupo Tons de Comédia.
O grupo conta ainda que, antes de se dirigirem ao balcão de imigração, os humoristas "foram abordados por um agente da autoridade que solicitou os passaportes da comitiva, alegando que lhes seria concedida prioridade devido à proximidade do 'show'. No entanto, ao chegarem ao balcão de imigração, o mesmo agente requereu o visto de atividades culturais".
É nesse sentido que a Iniciativa Liberal já enviou carta à embaixadora moçambicana em Portugal, Stella Novo Zeca, em que os liberais manifestam "perplexidade e preocupação" com a recusa da entrada em território moçambicano aos três humoristas. "A partir do momento em que há um cidadão português, Hugo Sousa, barrado a entrar em Moçambique, aquilo que o Governo português deveria ter feito era questionar por canais diplomáticos ou canais políticos, o Governo de Moçambique. Ou através da Embaixada de Moçambique em Lisboa. Portanto, nós antecipámos que o Governo não o iria fazer e fizemo-lo nós", afirma o deputado da IL e vice-presidente da Assembleia da República, que insiste: "A IL está a fazer aquilo que o Ministério dos Negócios Estrangeiros deveria ter feito".
O pedido surge na sequência dos esclarecimentos do diretor-geral do Serviço Nacional de Migração (Senami) moçambicano, que justificou a recusa de entrada no país aos três humoristas com o facto de terem tentado fazê-lo com visto de turismo, quando o objetivo era fazer um espetáculo, ou seja, uma atividade profissional: “Não obedeceram aos critérios", disse o diretor-geral, Zainedine Danane.
O partido salienta ainda que, perante as regras de entrada e permanência em território moçambicano, o Governo português deveria ter tido outra forma de atuar e de questionar Maputo.
"O nosso Ministério dos Estrangeiros está a ver se não melindra o regime de Moçambique perante um ato grave de limitação de liberdade de circulação e de liberdade política de cidadãos lusófonos a entrar em Maputo. Gilmário Vemba já esteve em Moçambique no passado, exatamente da mesma forma. Foi fazer espetáculos. Ele estava a proceder da mesma forma que procedeu no passado e, desta vez, foi barrado", lamenta o deputado.
Humoristas lusófonos já estão de regresso a Portugal
Entretanto, os três humoristas já estão de regresso a Portugal, após terem ficado retidos no Aeroporto de Maputo, como refere, em comunicado, o grupo Tons de Comédia, do qual fazem parte os três humoristas.
"A produção local conseguiu providenciar-lhes comida e bebida. E, neste momento, encontram-se já em viagem de regresso a Lisboa, onde vão ficar os próximos dias até partirem para a Tour no Brasil", disse, em comunicado, o grupo Tons de Comédia.
O grupo conta ainda que, antes de se dirigirem ao balcão de imigração, os humoristas "foram abordados por um agente da autoridade que solicitou os passaportes da comitiva, alegando que lhes seria concedida prioridade devido à proximidade do 'show'. No entanto, ao chegarem ao balcão de imigração, o mesmo agente requereu o visto de atividades culturais".