Quase um mês após o início de um grande incêndio no sudoeste de França, o fogo até agora sob controlo em Landiras reacendeu e obrigou ao encerramento da autoestrada 63. O ministro do Interior refere "fortes suspeitas de que os reacendimentos têm origem incendiária".
Incêndio em França. Seis mil hectares ardidos e milhares de pessoas retiradas das habitações
Depois de, em julho, as chamas terem consumido 14 mil hectares de floresta e obrigado seis mil pessoas a abandonarem as habitações, agora arderam mais seis mil hectares e mais 10 mil pessoas foram retiradas de casa.
Antes de ir visitar um novo local de incêndio, Aveyron, o ministro anunciou o reforço dos meios de combate com "mais de mil bombeiros, nove aviões e dois helicópteros bombardeiros".
Darmanin anunciou ainda que após um “telefonema para nossos amigos europeus", a Suécia e a Itália vão emprestar aviões. Contudo, “tudo nos indica que ainda teremos muitas dificuldades nas próximas semanas”, alerta.
“O clima está muito desfavorável por causa do calor, do ar seco, da seca recorde e do fato de haver muita turfa no solo... o fogo não se apagou em julho, foi para o subsolo", declarou o prefeito delegado de Gironda com o pelouro da defesa e da segurança, Martin Guespereau.
Não foram registados feridos naquela área costeira mas 16 casas foram destruídas na cidade de Belin-Beliet, também no departamento de Gironda.
O fogo “muito vigoroso” que reacendeu durante a tarde de terça-feira, progrediu “toda a noite para o sudeste” de Landiras. Consumiu cinco mil hectares em apenas algumas horas, entre Gironda e Landes, igualmente na região de Nova Aquitânia.
Durante esta manhã, a frente de incêndio dirigiu-se para uma via da autoestrada 63, que liga Baiona a Bordéus. “Este encerramento é necessário porque o fumo é empurrado para a A63 e representa problemas de visibilidade”, acrescentou Martin Guespereau.
Este é um “grande incêndio”, “muito mais virulento e rápido” do que o de julho, descreveu, por seu lado, o comandante dos bombeiros locais, Marc Vermeulen.
Os salões comunitários voltam a acolher os moradores que tiveram que deixar suas casas. "A população está preocupada, mas disciplinada. Há, no entanto, cansaço, basta", contou à AFP Vincent Ichard, autarca de Moustey, de onde 250 dos 680 habitantes foram retirados de suas habitações.
Este é um “grande incêndio”, “muito mais virulento e rápido” do que o de julho, descreveu, por seu lado, o comandante dos bombeiros locais, Marc Vermeulen.
Os salões comunitários voltam a acolher os moradores que tiveram que deixar suas casas. "A população está preocupada, mas disciplinada. Há, no entanto, cansaço, basta", contou à AFP Vincent Ichard, autarca de Moustey, de onde 250 dos 680 habitantes foram retirados de suas habitações.
“São situações muito difíceis para as pessoas que já foram retiradas em julho quando começou o fogo ao lado”, acrescenta Martin Guespereau.