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Incêndio matou 18 mil vacas no Texas. Carcaças ameaçam aquíferos
Uma explosão seguida de incêndio matou cerca de 18 mil vacas leiteiras numa propriedade nos Estados Unidos. As entidades sanitárias e o proprietário têm agora em mãos a tarefa de eliminar as carcaças dos animais sem afetar os aquíferos das proximidades.
As mortes de 18 mil vacas na explosão ocorrida numa herdade de laticínios do oeste do Estado norte-americano do Texas é já considerada a maior matança de gado de sempre provocada por um incêndio.
O incidente na propriedade South Fork Dairy, perto de Dimmitt, deixou uma funcionária gravemente ferida, que foi transportada de helicóptero para o hospital em Lubbock.
A herdade está localizada num dos maiores condados produtores de leite do Estado texano | Reuters
"A causa do incêndio continua sob investigação e todos queremos saber quais são os fatos", disse o comissário. “Há lições a serem aprendidas e o impacto deste incêndio pode influenciar a área imediata e a própria indústria”.
Enterrar 18 mil vacas: o suficiente para cobrir 26 campos de futebol
O incidente gerou a ira entre ativistas de defesa dos animais, que estão a fazer pressão para serem implantados mais regulamentos sobre incêndios em herdades pecuárias de grande escala, como a South Fork Dairy. O incêndio é o mais letal para o gado dos últimos dez anos nos Estados Unidos e põe em dúvida o modelo americano de pecuária, altamente industrializado.
O incidente gerou a ira entre ativistas de defesa dos animais, que estão a fazer pressão para serem implantados mais regulamentos sobre incêndios em herdades pecuárias de grande escala, como a South Fork Dairy. O incêndio é o mais letal para o gado dos últimos dez anos nos Estados Unidos e põe em dúvida o modelo americano de pecuária, altamente industrializado.
Depois do incêndio extinto e contabilizadas as baixas dos 18 mil animais, surge a emergência de descartar as carcaças.
O método mais usual é levar o gado morto para a um aterro sanitário que aceita carcaças de animais, para proteger o meio ambiente dos resíduos. Mas "transportar tantas vacas mortas para as terras seria demorado, caro e irreal", argumentou Saqib Mukhtar, reitor associado do Instituto de Alimentos e Alimentos da Universidade da Flórida Extensão em Ciências Agrárias e especialista em descarte de gado.
A Comissão de Qualidade Ambiental do Texas e do Texas A&M AgriLife Extension Service estão a monitorizar o descarte das carcaças, de forma a garantir “que os animais sejam enterrados a mais de 15 metros de poços de água pública e fora de planícies de inundação”.
Esse método acarreta riscos de infiltração de poluentes no solo e nos aquíferos, assegura Mukhtar.
Mas nada do descarte de 18 mil carcaças promete ser rápido. “Qualquer que seja o método escolhido, os proprietários e reguladores precisarão agir rapidamente: à medida que se decompõem, as carcaças de vacas libertam gases, como sulfeto de hidrogênio e amónia, que – se vazarem em grandes quantidades – podem representar também riscos de poluição do ar, deixou claro Mukhtar.
Over 18,000 cows have been killed from the dairy farm explosion
— Charlie Rooster (@CharlieRooster3) April 12, 2023
📌#Dimmitt | #Texas
Officials have confirmed that over 18000 dairy cows have been killed from the S. ForkDairy farm explosion that happened on Monday evening in Dimmitt Texas only one person was seriously injured pic.twitter.com/4IvWQZGHin