Incêndios em Portugal e na Grécia entre os mais fatais desde 2000

Desde o início do milénio, foram vários os incêndios que resultaram num número elevado de vítimas mortais. Os fogos de 2017 em Portugal, que provocaram mais de 100 mortos, estão entre as incidências mais trágicas, onde também consta o incêndio na Grécia, da semana passada, o mais mortífero da Europa de que há registo.

RTP /
Incêndio da semana passada na Grécia fez pelo menos 91 vítimas mortais Costas Baltas - Reuters

O incêndio da semana passada na vila de Mati, uma estância balnear próxima da capital grega, Atenas, fez pelo menos 91 vítimas mortais e já foi considerado o fogo mais mortífero de sempre na Europa, segundo a base de dados do Centro para a Investigação sobre Epidemiologia de Desastres, em Bruxelas.

Também a Grécia sofreu vários incêndios de grandes dimensões no final de agosto de 2007, com um total de 77 vítimas mortais. O fogo visou sobretudo as zonas de Peloponeso, a ilha de Eubeia e a zona histórica de Olímpia, tendo ameaçado as ruínas do local.

Na história dos maiores incêndios registados nos últimos anos a nível mundial, consta também o de Pedrógão Grande, em junho de 2017, com um total de 64 vítimas mortais. O fogo ocorrido quatro meses depois, em outubro, em várias zonas do centro do país, fez 44 vítimas mortais.


Tal como a Grécia, também Portugal foi visado por fortes incêndios florestais na primeira década de 2000. É o caso dos incêndios de 2003, que afetaram sobretudo o centro e o sul do país e provocaram 20 vítimas mortais.

A nível mundial, o incêndio florestal mais fatal dos últimos anos aconteceu do outro lado do mundo, na Austrália, em 2009. Na altura morreram 173 pessoas. Os fogos surgiram em fevereiro na sequência de temperaturas extremas no sudeste do país, em particular no Estado de Victoria.


Também a Rússia tem sido fustigada por fortes incêndios nos últimos anos. Em 2010, por exemplo, morreram cerca de 60 pessoas entre julho e agosto. Ardeu mais de um milhão de hectares de floresta e aldeias inteiras na zona ocidental do país. A situação surgiu da combinação de uma onda de calor e uma situação de seca sem precedentes.

Cinco anos mais tarde, em 2015, o fogo fustigou o sul da Sibéria, na região russa de Cacássia, causando 34 vítimas mortais. As chamas atingiram tal dimensão que chegaram a propagar-se até à Mongólia e atravessaram o país asiático, aproximando-se mesmo da fronteira chinesa.


O ano de 2010 e a referida seca em várias regiões do mundo levou a vários incêndios graves também no norte de Israel, no Monte Camel, junto a Haifa, durante o mês de dezembro. Este incêndio fez 44 vítimas mortais.

Outra zona do globo habitualmente fustigada pelos fogos florestais é o estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Em 2003, a região conheceu o ano mais mortífero de fogos, com pelo menos 20 vítimas mortais. O pior destes incêndios ficou por conhecido por “Fogo dos Cedros”, em San Diego, onde morreram 15 pessoas.

Antes de 2000, um dos incêndios mais graves da história contemporânea aconteceu na Indonésia, em 1997, afetando países circundantes, nomeadamente a Malásia e Singapura. Morreram 240 pessoas num incêndio que terá sido causado por queimadas feitas por agricultores, mas também devido à seca agravada pelo El Niño naquele ano.

Também no nordeste da China, ocorreu dez anos antes um dos maiores incêndios de sempre, tendo chegado a território soviético. O fogo de maio de 1987 ficou conhecido por “Dragão Negro” e causou pelo menos 119 mortos.

Em França, um incêndio nos Landes, em Aquitânia, fez 82 mortos no ano de 1949. As vítimas eram quase todas militares, bombeiros e populares que combatiam o fogo.

O maior incêndio de que há registo na história mundial ocorreu nos Estados Unidos. Em 1918, um fogo no Minnesota, em Cloquet, terá feito cerca de 1.000 vítimas mortais.

(com agências internacionais)
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