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Incêndios provocam cenários "apocalípticos" na Grécia. Turquia vê algum alívio
As chamas continuam a lavrar com grande intensidade na Grécia pelo sexto dia consecutivo. Depois de o fogo ter sido controlado na região norte de Atenas, o cenário mais preocupante é agora vivido na ilha de Eubeia, onde foram retiradas mais de duas mil pessoas. Na vizinha Turquia, as chamas deram algumas tréguas devido à queda de chuvas nas últimas 24 horas, mas mesmo assim há dezenas de frentes ainda ativas.
Ventos fortes e temperaturas elevadas agravam a dificuldade de combate às chamas, que já consumiram mais de 30 mil hectares nos últimos dias na Grécia. O país está a ser atingida por uma onda de calor que é já considerada a pior das últimas três décadas, com os termómetros a registarem temperaturas acima dos 40 graus Celsius.
Para o chefe da proteção civil da Grécia, Nikos Hardalias, as condições atmosféricas não são apenas “extremamente perigosas”, mas sem precedentes, estimando que os bombeiros tenham combatido 154 incêndios durante esta semana. Mais de 60 fogos estavam ainda ativos este sábado. No terreno estão mais de 1400 bombeiros gregos, apoiados por efetivos de países como França, Egito, Suíça e Espanha. Até ao momento foram relatadas duas mortes relacionadas com os incêndios. Uma das vítimas era um bombeiro voluntário e a outra Konstantinos Michalos, presidente da Câmara de Comércio de Atenas.
As chamas lavram desde a península de Peloponeso à ilha de Eubeia, forçando milhares de pessoas a fugir de suas casas. “É um desastre. É enorme. As nossas vilas foram destruídas, não resta nada das nossas casas, das nossas propriedades, nada, nada”, lamentou uma moradora à agência Reuters.
Apesar de as temperaturas terem diminuído nos últimos dias, o vento intensificou-se na sexta-feira, criando novos focos de incêndio. No sábado, um grande incêndio avançava pelas encostas do Monte Parnitha, cercando um parque nacional que é considerado o último “pulmão verde” de Atenas.
Depois de o fogo ter sido controlado na região norte de Atenas, o cenário mais preocupante é agora vivido na ilha de Eubeia, a segunda maior do país, localizada a cerca de 100 quilómetros a leste da capital grega. As chamas lavram de uma ponta à outra da ilha, destruindo milhares de hectares de floresta e forçando a evacuação de dezenas de aldeias. Desde terça-feira, mais de duas mil pessoas foram retiradas da ilha de barco, incluindo muitos idosos e crianças. As imagens mostram cenários “apocalípticos”, com um céu completamente pintado de vermelho.
“Estamos a falar de um apocalipse, não sei como o descrever”, disse Sotiris Danikas, responsável da Guarda Costeira na ilha, à emissora ERT.
Fanis Spanos, governador regional da Grécia central, descreve uma situação “muito difícil” a norte da ilha durante quase uma semana. "As frentes são enormes, a área de terra queimada é enorme", disse Spanos à Skai TV, uma rede de televisão grega.
Chamas dão algumas tréguas na Turquia
Na vizinha Turquia, as chamas deram algumas tréguas devido à queda de chuvas nas últimas 24 horas. Os bombeiros controlaram 196 incêndios florestais nos últimos dias, mas mesmo assim mantêm-se ativas dezenas de frentes de fogo.
Dezenas de milhares de hectares de floresta foram destruídos nas províncias do Mediterrâneo e do Mar Egeu, por aqueles que foram descritos como os piores incêndios florestais de todos os tempos pelo Presidente turco Tayyip Erdogan. Oito pessoas morreram e milhares de turcos e turistas foram obrigados a abandonar algumas cidades.
As altas temperaturas, ventos fortes e baixa humidade criaram as condições perfeitas para o rápido avanço dos fogos na Turquia. Mugla foi uma das regiões mais atingidas. Estima-se que 36 mil pessoas tenham sido retiradas de suas casas e as chamas devastaram 55 mil hectares de terreno, mais do dobro da área queimada em toda a Turquia no ano passado.
O Presidente Erdogan está a ser agora alvo de críticas por ter rejeitado ajuda internacional.
Para o chefe da proteção civil da Grécia, Nikos Hardalias, as condições atmosféricas não são apenas “extremamente perigosas”, mas sem precedentes, estimando que os bombeiros tenham combatido 154 incêndios durante esta semana. Mais de 60 fogos estavam ainda ativos este sábado. No terreno estão mais de 1400 bombeiros gregos, apoiados por efetivos de países como França, Egito, Suíça e Espanha. Até ao momento foram relatadas duas mortes relacionadas com os incêndios. Uma das vítimas era um bombeiro voluntário e a outra Konstantinos Michalos, presidente da Câmara de Comércio de Atenas.
As chamas lavram desde a península de Peloponeso à ilha de Eubeia, forçando milhares de pessoas a fugir de suas casas. “É um desastre. É enorme. As nossas vilas foram destruídas, não resta nada das nossas casas, das nossas propriedades, nada, nada”, lamentou uma moradora à agência Reuters.
Apesar de as temperaturas terem diminuído nos últimos dias, o vento intensificou-se na sexta-feira, criando novos focos de incêndio. No sábado, um grande incêndio avançava pelas encostas do Monte Parnitha, cercando um parque nacional que é considerado o último “pulmão verde” de Atenas.
Depois de o fogo ter sido controlado na região norte de Atenas, o cenário mais preocupante é agora vivido na ilha de Eubeia, a segunda maior do país, localizada a cerca de 100 quilómetros a leste da capital grega. As chamas lavram de uma ponta à outra da ilha, destruindo milhares de hectares de floresta e forçando a evacuação de dezenas de aldeias. Desde terça-feira, mais de duas mil pessoas foram retiradas da ilha de barco, incluindo muitos idosos e crianças. As imagens mostram cenários “apocalípticos”, com um céu completamente pintado de vermelho.
“Estamos a falar de um apocalipse, não sei como o descrever”, disse Sotiris Danikas, responsável da Guarda Costeira na ilha, à emissora ERT.
Fanis Spanos, governador regional da Grécia central, descreve uma situação “muito difícil” a norte da ilha durante quase uma semana. "As frentes são enormes, a área de terra queimada é enorme", disse Spanos à Skai TV, uma rede de televisão grega.
Chamas dão algumas tréguas na Turquia
Na vizinha Turquia, as chamas deram algumas tréguas devido à queda de chuvas nas últimas 24 horas. Os bombeiros controlaram 196 incêndios florestais nos últimos dias, mas mesmo assim mantêm-se ativas dezenas de frentes de fogo.
Dezenas de milhares de hectares de floresta foram destruídos nas províncias do Mediterrâneo e do Mar Egeu, por aqueles que foram descritos como os piores incêndios florestais de todos os tempos pelo Presidente turco Tayyip Erdogan. Oito pessoas morreram e milhares de turcos e turistas foram obrigados a abandonar algumas cidades.
As altas temperaturas, ventos fortes e baixa humidade criaram as condições perfeitas para o rápido avanço dos fogos na Turquia. Mugla foi uma das regiões mais atingidas. Estima-se que 36 mil pessoas tenham sido retiradas de suas casas e as chamas devastaram 55 mil hectares de terreno, mais do dobro da área queimada em toda a Turquia no ano passado.
O Presidente Erdogan está a ser agora alvo de críticas por ter rejeitado ajuda internacional.
Também Itália está a lutar contra incêndios devastadores. Os bombeiros combatem dezenas de frentes de fogo na região de Calábria, onde já se contabilizam pelo menos dois mortos por inalação de fumo. As projeções meteorológicas apontam para a manutenção das temperaturas elevadas e ventos fortes.
c/agências