Mundo
Irlanda recusa subir imposto sobre lucros das multinacionais
O ministro das Finanças irlandês, Paschal Donohoe, declarou que a Irlanda não tem a intenção de aumentar a sua taxa de imposto sobre os lucros das sociedades, que é uma das mais baixas do mundo.
O também presidente do Eurogrupo rejeitou assim o projeto do presidente dos EUA, Joe Biden, de estabelecer uma taxa de imposto mundial de "pelo menos" 15%.
"Temos reservas realmente importantes sobre uma taxa de imposto mínimo mundial a um nível tal que isso significaria que só alguns países, e algumas grandes economias, poderiam beneficiar dessa base", declarou o ministro na Sky News.
Segundo a estação televisiva, Donohoe previu que o seu país iria manter a taxa de imposto sobre os lucros das sociedades em 12,5%, ainda durante muitos anos.
Pascal Donohoe defendeu que "é mesmo preciso mudar" a tributação de multinacionais, face às "preocupações claras dos cidadãos em relação à forma como as empresas muito grandes são tributadas", mas advertiu que "isso terá de facto consequências" na Irlanda e em outros "países pequenos" que são "muito abertos".
"Mas estaremos prontos para essa mudança. Embora tenhamos opiniões e interesses particulares que vamos defender nas negociações em curso, continuo a acreditar que é do nosso interesse que se chegue a um acordo e que traga alguma estabilidade a esta questão para os anos vindouros", afirma.
Pascal Donohoe assegurou ainda que defende a "necessidade de uma concorrência fiscal legítima", mas sublinhando que "essa concorrência tem de ocorrer dentro de limites específicos" e que deve ter-se em conta o que "isto pode significar para a competitividade da Europa".
Estão em curso negociações na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), por iniciativa dos EUA, para criar uma taxa de imposto sobre os lucros das multinacionais que seja harmonizada nos diferentes países.
O governo do presidente Joe Biden propôs terça-feira aos seus parceiros da OCDE que se estabeleça "pelo menos" em 15% esta taxa "mínima", convidando a prosseguir as discussões, com o objetivo de ser "ambicioso" e "aumentar esta taxa".
Também o Fundo Monetário Internacional (FMI) elogiou a proposta dos EUA de criação de uma taxa mundial de "pelo menos" 15% sobre os lucros das multinacionais, realçando que permite mais investimento público em áreas como educação, saúde e infraestruturas.
"Havia uma proposta para uma taxa que poderia atingir os 21%. O número (final) deve ser abaixo disso", estimou a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, durante uma entrevista com o Washington Post.
"Temos reservas realmente importantes sobre uma taxa de imposto mínimo mundial a um nível tal que isso significaria que só alguns países, e algumas grandes economias, poderiam beneficiar dessa base", declarou o ministro na Sky News.
Segundo a estação televisiva, Donohoe previu que o seu país iria manter a taxa de imposto sobre os lucros das sociedades em 12,5%, ainda durante muitos anos.
Pascal Donohoe defendeu que "é mesmo preciso mudar" a tributação de multinacionais, face às "preocupações claras dos cidadãos em relação à forma como as empresas muito grandes são tributadas", mas advertiu que "isso terá de facto consequências" na Irlanda e em outros "países pequenos" que são "muito abertos".
"Mas estaremos prontos para essa mudança. Embora tenhamos opiniões e interesses particulares que vamos defender nas negociações em curso, continuo a acreditar que é do nosso interesse que se chegue a um acordo e que traga alguma estabilidade a esta questão para os anos vindouros", afirma.
Pascal Donohoe assegurou ainda que defende a "necessidade de uma concorrência fiscal legítima", mas sublinhando que "essa concorrência tem de ocorrer dentro de limites específicos" e que deve ter-se em conta o que "isto pode significar para a competitividade da Europa".
Estão em curso negociações na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), por iniciativa dos EUA, para criar uma taxa de imposto sobre os lucros das multinacionais que seja harmonizada nos diferentes países.
O governo do presidente Joe Biden propôs terça-feira aos seus parceiros da OCDE que se estabeleça "pelo menos" em 15% esta taxa "mínima", convidando a prosseguir as discussões, com o objetivo de ser "ambicioso" e "aumentar esta taxa".
Também o Fundo Monetário Internacional (FMI) elogiou a proposta dos EUA de criação de uma taxa mundial de "pelo menos" 15% sobre os lucros das multinacionais, realçando que permite mais investimento público em áreas como educação, saúde e infraestruturas.
"Havia uma proposta para uma taxa que poderia atingir os 21%. O número (final) deve ser abaixo disso", estimou a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, durante uma entrevista com o Washington Post.