Irmão do autor do atentado de Manchester dado como culpado de 22 homicídios

Quase três anos após o atentado de Manchester, Hashem Abedi, irmão do bombista suicida responsável pelo ataque, Salman Abedi, foi declarado como culpado do assassínio de 22 pessoas por um tribunal de Londres. Familiares das vítimas falam de um sentimento de “conforto” após este veredicto.

Mariana Ribeiro Soares - RTP /
Tributo às vítimas no primeiro aniversário do atentado em Manchester Andrew Yates - Reuters

Hashem Abedi, de 22 anos, foi esta terça-feira declarado culpado pelo assassínio das 22 pessoas no atentado de Manchester, em maio de 2017. Os procuradores consideraram que Hashem Abedi era “tão culpado pelo assassínio das 22 pessoas como o seu irmão”.

Citado pela BBC, o advogado de acusação Duncan Penny argumentou que os irmãos Abedi planearam a explosão durante meses e tinham “o objetivo comum de matar, mutilar e ferir o maior número possível de pessoas”.

O júri do do tribunal penal de Old Bailei, em Londres, também reconheceu Hashem Abedi como culpado por tentativa de homicídio de dezenas de pessoas que ficaram feridas no atentado.


“As famílias esperaram muito tempo para que Hashem Abedi respondesse pelos seus crimes perante a justiça e penso que a maioria ficará aliviada ao saber que ele não poderá fazer mais mal a ninguém”, comentou a advogada Victoria Higgins, que representa 11 das famílias afetadas. Hashem, detido em julho de 2019, ajudou o irmão, Salman Abedi, a preparar a bomba que viria a ser responsável pela morte de 22 pessoas que se encontravam no Manchester Arena, à saída de um concerto da cantora norte-americana Ariana Grande.

Hashem Abedi, que não participou no julgamento, alegava ser inocente. A sentença será anunciada mais tarde.

Os familiares das vítimas dizem que o veredito anunciado esta terça-feira representa um sentimento de “conforto”, embora “não traga de volta as 22 vítimas assassinadas por Salman e Hashem Abedi”.

Segundo dados revelados durante o julgamento, para além das 22 vítimas mortais, foram registados 264 feridos e outras 670 pessoas pediram ajuda psicológica após o ataque.

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