Israel e Hezbollah voltam a confrontar-se no sul do Líbano

por Graça Andrade Ramos - RTP
Um homem capta imagens do fumo causado pelos bombardeamentos israelitas contra a aldeira de Maroun al-Ras, a 01 de setembro de 2019. Reuters

Uma semana de tensões entre Israel e a guerrilha xiita libanesa do Hezbollah, culminou este domingo com uma troca de mísseis, com resultados díspares de acordo com as fontes.

O comando da guerrilha libanesa diz que o seu bombardeamento atingiu um carro armado, tendo morto ou ferido os seus ocupantes. Israel afirma que o ataque do Hezbollah não fez quaisquer vítimas.

O ataque dos xiitas com três mísseis antitanque, lançados “contra uma base das Forças Armadas de Israel e veículos militares”, atingiu diversos alvos na cidade israelita de Avivim, junto à fronteira com o Líbano.

Os mísseis do Hezbollah causaram estragos na base e atingiram uma ambulância militar, reportou Jonathan Conricus, porta-voz do exército de Israel.

O ataque provocou uma retaliação de Israel. Pelo menos 100 alvos terão sido atingidos dentro do Líbano, afirmou depois o exército.

Os bombardeamentos cessaram a partir daí, com Conricus a afirmar que a mais recente ronda de combates com o Hezbollah parecia terminado.

A resposta de Israel incluiu um ataque aéreo, mas o exército libanês reportou somente o lançamento de pelo menos 40 granadas de morteiro por parte de Israel, contra as cidades fronteiriças de Yaroun e Maroun al-Ras.

A ONU apelou ambas as partes à “retenção”, enquanto o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, disse que telefonou ao secretário de estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, e ao Eliseu, para discutir o sucedido.

De acordo com o gabinete de Hariri, o primeiro-ministro do Líbano “pediu aos Estados Unidos e à França para intervir, face aos desenvolvimentos na fronteira sul”.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, deu entretanto instruções para as forças armadas de Israel estarem prontas "para qualquer cenário".

A tensão entre Israel e o Hezbollah é constante mas agravou-se nos últimos dias, depois da guerrilha libanesa ter acusado Israel de matar dois dos seus comandantes num ataque na Síria.
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