Israel investiga possível envolvimento do Irão no assassinato de cientista português nos EUA

Enquanto a polícia norte-americana intensifica as buscas para deter o suspeito do homicídio do físico Nuno Loureiro, as autoridades israelitas estão a investigar o eventual envolvimento iraniano.

Inês Moreira Santos - RTP /
Scott Eisen - Getty Images via AFP

Israel estará a investigar o possível envolvimento do Irão no assassinato, na segunda-feira, do conceituado físico português. A notícia está a ser avançada pelo Jerusalem Post.

As autoridades estarão a analisar informações e dados de inteligência recolhidos nos últimos dias, após a morte do cientista nuclear nos Estados Unidos, que sugerem que tenha havido interferência iraniana.
A publicação sublinha, contudo, que não há ainda provas concretas que relacionem o homicídio de Nuno Loureiro à ação de qualquer Estado. Nem houve, até ao momento, confirmação por parte das autoridades norte-americanas.

O investigador era diretor de um laboratório do Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, e foi assassinado a tiro em casa, em Boston. Nuno Loureiro, de 47 anos, era reconhecido pelo trabalho na área da fusão nuclear e, recentemente, manifestou ser a favor de Israel.

De acordo com a publicação, a referida investigação israelita está a ser conduzida considerando a “natureza sensível da área de investigação de Loureiro”, considerado um dos principais investigadores a nível mundial em energia e física nuclear, “tendo desempenhado funções importantes em centros de investigação ligados ao desenvolvimento de tecnologias futuras”.

A polícia norte-americana intensificou as buscas para deter o suspeito do homicídio do professor do MIT Nuno F.G. Loureiro.

De acordo com as autoridades, a investigação do homicídio estava "ativa e em curso" no início da tarde de quarta-feira e não havia atualizações - anteriormente, tinham dito que nenhum suspeito estava preso.

Nuno Loureiro juntou-se ao MIT em 2016 e foi nomeado no ano passado para liderar o Centro de Ciência do Plasma e Fusão do MIT, onde trabalhou para promover a tecnologia de energias limpas e outras áreas de investigação.

A morte do físico foi anunciada em Portugal pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, durante uma audição parlamentar, sem avançar mais informações.

c/agências
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