Israel perde apoios. Macron, Starmer e Carney acusam Netanyahu de “ações escandalosas” e ameaçam Telavive com sanções

por RTP
Foto: Leon Neal - Pool via REUTERS

“Não ficaremos de braços cruzados”. Os líderes de França, Inglaterra e Canadá ameaçaram esta segunda-feira Israel com “medidas concretas” caso o executivo de Benjamin Netanyahu prossiga na Faixa de Gaza no caminho do que consideram ser de “ações escandalosas” e não permita a entrada de comida e ajuda humanitária no enclave palestiniano.

Emmanuel Macron, Keir Starmer e Mark Carney alertaram na segunda-feira que não ficarão “de braços cruzados” face às “ações escandalosas” do governo israelita de Benjamin Netanyahu.

Os líderes de França, Inglaterra e Canadá ameaçam Telavive com “medidas concretas” se o Executivo Netanyahu não cessar a ofensiva militar e não desbloquear a ajuda humanitária no território palestiniano, martirizado por bombardeamentos constantes que visam civis indiscriminadamente, inclusive em escolas, hospitais, que se tornaram alvos privilegiados pela artilharia do exército israelita.

“Estamos determinados a reconhecer um Estado palestiniano como uma contribuição para a realização de uma solução de dois Estados e estamos prontos para trabalhar com outros com esse fim”, afirmam o presidente francês e os primeiros-ministros britânico e canadiano numa declaração conjunta desta segunda-feira.

No documento, os três líderes referem a conferência prevista para junho nas Nações Unidas “para encontrar um consenso internacional em torno deste objetivo”.

“A negação do Governo de Israel de assistência humanitária essencial à população civil é inaceitável e pode violar o Direito Internacional Humanitário”, deploram numa declaração conjunta divulgada pelo governo britânico.

Os líderes que outrora eram aliados incontornáveis de Israel deixam ainda outro alerta contra novas ocupações de território autónoo palestiniano: “Opomo-nos a qualquer tentativa de expandir os colonatos na Cisjordânia. Não hesitaremos em tomar mais medidas, incluindo sanções específicas”.

“Temos sempre apoiado o direito de Israel de defender os israelitas contra o terrorismo. Mas esta escalada é totalmente desproporcionada”, lamentaram Emmanuel Macron, Keir Starmer e Mark Carney, acrescentando que não permanecerão à margem enquanto o governo de Netanyahu prosseguir com “essas ações flagrantes”.
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