O Exército israelita preparava-se para nomear como capelão-mor o rabino Eyal Karim, mas está agora a reconsiderar essa nomeação devido à apologia de crimes de guerra que regista o curriculum daquele religioso.
O Times of Israel recorda que Karim defendeu em tempos que era legítimo os soldados violarem mulheres não-judias em teatro de guerra. O diário israelita Haaretz recorda também a "tempestade mediática" que essas declarações de Karim desencadearam em 2012. O Haaretz evoca ainda o imediato desmentido de Karim, dizendo que fora citado "fora do contexto" e negando que quisesse legitimar as violações em qualquer circunstância.
Outras afirmações entretanto produzidas por Karim continuam, pelo contrário, a ser assumidas. Uma, refere-se à igualdade de direitos entre judeus e não-judeus e foi veiculada numa brochura publicada pelo Exército israelita em 2013.
Segundo Karim aí afirma, "a ideia de que os não-judeus teriam direitos iguais aos judeus em Israel vai contra a opinião da Torah, e os representantes do Estado não têm autoridade para agir contra a vontade da Torah". O Exército apresentou posteriormente desculpas públicas por ter dado à estampa essa polémica brochura.
O candidato a capelão-mor do Exército foi também no passado a figura de proa duma campanha contra o recrutamento de mulheres para missões de combate.