Israel reivindica ataque contra líderes do Hamas após explosões em Doha

Israel reivindicou esta terça-feira um "ataque dirigido" contra líderes do Hamas, sem especificar onde, pouco depois de terem sido registadas explosões na capital do Catar, Doha, onde vivem responsáveis do movimento islamita palestiniano.

Inês Moreira Santos - RTP /
Reuters

O Exército israelita anunciou um "ataque preciso contra a liderança sénior" do Hamas, sem fornecer mais detalhes sobre o local do ataque. De acordo com as agências internacionais e a cadeira de televisão Al-Jazeera, sediada em Doha, vídeos recolhidos na capital do emirado mostram fumo a subir no horizonte.

Segundo o exército israelita, o ataque foi dirigido contra "altos responsáveis" do Hamas, pouco depois de terem sido ouvidas explosões em Doha. E vários meios de comunicação social israelita, entre eles a televisão pública Kan, estão a avançar com a infirmação de que Israel avisou os Estados Unidos sobre este bombardeamento.

"O exército e o serviço de segurança interna [Shin Bet] efetuaram um ataque dirigido contra os altos dirigentes da organização terrorista Hamas", declarou o exército em comunicado, sem especificar o local do ataque.

As forças de Israel acrescentaram que "antes do bombardeamento, foram tomadas medidas para mitigar os danos aos civis, incluindo o uso de munições precisas e informações adicionais" dos serviços secretos e reiterou que "continuará a operar com determinação para derrotar a organização terrorista Hamas.

"Durante anos, estes membros da cúpula do Hamas lideraram as operações da organização terrorista, sendo diretamente responsáveis pelo brutal massacre de 07 de outubro e orquestrando e gerindo a guerra contra o Estado de Israel", acrescentou.

O ataque de terça-feira surgiu após o ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar, ter anunciado que Israel aceitou a mais recente proposta do Presidente norte-americano para um cessar-fogo em Gaza.

Este ataque na capital do Catar surgiu também um dia depois de um atentado em Jerusalém ter provocado a morte de seis pessoas numa paragem de autocarro, um ataque entretanto reivindicado pelo braço armado do Hamas, as Brigadas al-Qasam, embora o Hamas não tivesse reclamado a autoria do ataque.


C/agências

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