Mundo
Guerra no Médio Oriente
Israelitas preparam incursão. Governantes afirmam às tropas que "em breve" estarão em Gaza
As Forças de Defesa de Israel estão a ultimar os preparativos para uma ofensiva terrestre em Gaza. Depois de um encontro com o ministro da Defesa e o primeiro-ministro, os militares israelitas aguardam ordem para entrar no território vizinho. Yoav Gallant e Benjamin Netanyahu admitiram que a invasão será mais abrangente e feroz, embora não tenham especificado quando pode começar, e instaram as tropas na linha da frente a "organizarem-se e ficarem prontas".
“A ordem virá”, afirmou o ministro israelita da Defesa aos militares. “Agora, veem Gaza de longe, em breve estarão a vê-la no interior”.
“O comando virá”, assegurou ainda Gallant. “Tenho a tarefa de nos levar à vitória”.
Na visita com o primeiro-ministro israelita aos militares que estão na linha da frente, junto da fronteira com Gaza, o ministro instou os soldados a serem “precisos e enérgicos” nesta incursão que será “difícil, longa e intensa”.
“Continuaremos até cumprirmos a nossa missão”, acrescentou.
As Forças de Defesa de Israel concentraram, desde o ataque do Hamas a 7 de outubro, dezenas de milhares de soldados ao longo da fronteira e têm atingido várias regiões da Faixa de Gaza com ataques aéreos, o que tem aumentado o medo da população palestiniana.
Gallant assumiu ainda a responsabilidade pelo fracasso de não terem evitado o ataque do Hamas no sul de Israel, no início do conflito.
“Eu sou responsável pela Defesa. Fui responsável por isso nas últimas duas semanas, mesmo nos incidentes difíceis, e sou o responsável por levar-nos à vitória”, frisou.
Após as declarações do ministro da Defesa, Netanyahu também se dirigiu aos soldados, prometendo uma vitória das forças israelitas, e alertando-os de que “esta é a nossa hora mais sombria”.
“Vamos vencer com todas as nossas forças”, disse o primeiro-ministro ao grupo de soldados de infantaria que está na linha da frente. “Israel está convosco e vamos atacar fortemente os nossos inimigos para que possamos alcançar a vitória”.
No mesmo encontro, o chefe do Comando Sul das FDI, Yaron Finkelman, afirmou que a esperada ofensiva terrestre será “longa e intensa”.
“Esta guerra foi-nos imposta, com um inimigo cruel que nos prejudicou muito. Mas detivemo-lo, estamos a atacá-lo fortemente”.
As autoridades israelitas acreditam que não têm outra alternativa que não seja lançar um ataque massivo contra o Hamas, na Faixa de Gaza.
“A estratégia era ter um intervalo cada vez maior entre os diferentes conflitos, mas falhou e não pode acontecer”, explicou ao Guardian um alto funcionário da Defesa de Israel. “Portanto, a única conclusão é que temos de avançar, temos de entrar e eliminar o Hamas desde as suas raízes, não só militarmente mas também economicamente e a sua administração. Tudo tem de desaparecer”.
Em 14 dias de guerra entre Israel e o movimento radical Hamas, os bombardeamentos em Gaza causaram 3.785 mortos, 307 destes em 24 horas. Destas vítimas, 1.524 são crianças. Estima-se que haja ainda centenas de corpos debaixo de escombros.
A 7 de outubro, militantes do Hamas atravessaram a fronteira da Faixa de Gaza com Israel e assassinaram cerca de 1.400 israelitas, raptando ainda cerca de duas centenas de pessoas mantidas reféns pelo movimento islamita, o que levou à escalada do conflito na região.
“O comando virá”, assegurou ainda Gallant. “Tenho a tarefa de nos levar à vitória”.
Na visita com o primeiro-ministro israelita aos militares que estão na linha da frente, junto da fronteira com Gaza, o ministro instou os soldados a serem “precisos e enérgicos” nesta incursão que será “difícil, longa e intensa”.
“Continuaremos até cumprirmos a nossa missão”, acrescentou.
As Forças de Defesa de Israel concentraram, desde o ataque do Hamas a 7 de outubro, dezenas de milhares de soldados ao longo da fronteira e têm atingido várias regiões da Faixa de Gaza com ataques aéreos, o que tem aumentado o medo da população palestiniana.
Gallant assumiu ainda a responsabilidade pelo fracasso de não terem evitado o ataque do Hamas no sul de Israel, no início do conflito.
“Eu sou responsável pela Defesa. Fui responsável por isso nas últimas duas semanas, mesmo nos incidentes difíceis, e sou o responsável por levar-nos à vitória”, frisou.
Após as declarações do ministro da Defesa, Netanyahu também se dirigiu aos soldados, prometendo uma vitória das forças israelitas, e alertando-os de que “esta é a nossa hora mais sombria”.
“Vamos vencer com todas as nossas forças”, disse o primeiro-ministro ao grupo de soldados de infantaria que está na linha da frente. “Israel está convosco e vamos atacar fortemente os nossos inimigos para que possamos alcançar a vitória”.
עם הלוחמים. מוכנים. pic.twitter.com/mVjwEFQXgC
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) October 19, 2023
No mesmo encontro, o chefe do Comando Sul das FDI, Yaron Finkelman, afirmou que a esperada ofensiva terrestre será “longa e intensa”.
“Esta guerra foi-nos imposta, com um inimigo cruel que nos prejudicou muito. Mas detivemo-lo, estamos a atacá-lo fortemente”.
As autoridades israelitas acreditam que não têm outra alternativa que não seja lançar um ataque massivo contra o Hamas, na Faixa de Gaza.
“A estratégia era ter um intervalo cada vez maior entre os diferentes conflitos, mas falhou e não pode acontecer”, explicou ao Guardian um alto funcionário da Defesa de Israel. “Portanto, a única conclusão é que temos de avançar, temos de entrar e eliminar o Hamas desde as suas raízes, não só militarmente mas também economicamente e a sua administração. Tudo tem de desaparecer”.
Em 14 dias de guerra entre Israel e o movimento radical Hamas, os bombardeamentos em Gaza causaram 3.785 mortos, 307 destes em 24 horas. Destas vítimas, 1.524 são crianças. Estima-se que haja ainda centenas de corpos debaixo de escombros.
A 7 de outubro, militantes do Hamas atravessaram a fronteira da Faixa de Gaza com Israel e assassinaram cerca de 1.400 israelitas, raptando ainda cerca de duas centenas de pessoas mantidas reféns pelo movimento islamita, o que levou à escalada do conflito na região.