Jair Bolsonaro foi esfaqueado durante ação de campanha

por Lusa
Diego Vara, Reuters

O candidato às eleições presidenciais brasileiras Jair Bolsonaro (PSL) foi esfaqueado, durante uma ação de campanha na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, informou a Polícia Militar.

De acordo com vídeos colocados entretanto a circular na internet, Jair Bolsonoro foi esfaqueado na região do tórax e levado para o hospital.

No momento do ataque o candidato estava a ser carregado aos ombros por apoiantes e foi imediatamente retirado do local, sendo transportado para um hospital de Minas Gerais, segundo o jornal "O Estadão".

O agressor foi detido, de acordo com a polícia.

Flavio Bolsonaro, filho do candidato presidencial, já veio a público dizer que os ferimentos foram superficiais.

"Jair Bolsonaro sofreu um atentado agora em Juiz de Fora, uma estocada com faca na região do abdómen. Graças a Deus foi apenas superficial e ele pesa [passa] bem. Peço que intensifiquem as orações por nós", escreveu Flávio Bolsonaro, na rede Twitter.

O incidente aconteceu em Juiz de Fora, cerca de 200 quilómetros a norte do Rio de Janeiro.

Jair Bolsonaro, candidato da extrema-direita brasileira, está em segundo lugar nas sondagens para as eleições presidenciais que decorrem em outubro.Restantes candidatos lamentam ataque

Os candidatos às eleições presidenciais brasileiras de outubro já condenaram o ataque com arma branca sofrido por Jair Bolsonaro.

Segundo uma compilação feita pelo jornal "A Folha de São Paulo", que reúne os testemunhos dos vários candidatos, o representante do PT, Fernando Haddad, classificou como "absurdo" e "lastimável" o incidente dirigido ao candidato de extrema-direita. "Nós, democratas, temos que garantir o processo tranquilo e pacífico e reforçar o papel das instituições", declarou Haddad, ao ser informado sobre o episódio, durante entrevista ao canal MyNews.

O candidato pelo PSDB, João Doria, enviou uma nota oficial afirmando que o atentado a Jair Bolsonaro foi um ato de covardia.

"Transmito a minha solidariedade ao deputado Jair Bolsonaro e aos seus familiares. Eleição não se faz com agressão. A covardia de um ato que agride um candidato deve ser condenada com veemência", diz a nota.

Já o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, usou a rede Twitter para classificar o ataque contra Jair Bolsonaro como uma "barbárie": "Acabo de ser informado em Caruaru, Pernambuco, onde estou, que o deputado Jair Bolsonaro sofreu um ferimento a faca. Repudio a violência como linguagem politica, solidarizo-me com meu opositor e exijo que as autoridades identifiquem e punam o ou os responsáveis por esta barbárie", disse.

Também Alckmin condenou o ataque a Bolsonaro: "Política se faz com diálogo e convencimento, jamais com ódio. Qualquer ato de violência é deplorável. Esperamos que a investigação sobre o ataque ao deputado Jair Bolsonaro seja rápida, e a punição, exemplar", disse Geraldo Alckmin (PSDB) numa rede social.

O candidato João Amoêdo disse que é lamentável e inaceitável o que aconteceu. "Independentemente de divergências políticas, não é possível aceitar nenhum ato de violência."

"O Brasil lutou muito para voltar à democracia e a ter eleições limpas e livres. A violência não pode colocar essas conquistas em risco. Que o agressor sofra as devidas punições. Meus votos de melhoras para o candidato", acrescentou Amoêdo.

"A violência contra Bolsonaro é inadmissível`, disse também a candidata Marina Silva, acrescentando que "configura um duplo atentado: contra sua integridade física e contra a democracia. Neste momento difícil que atravessa o Brasil, é preciso zelar com rigor pela defesa da vida humana e pela defesa da vida democrática e institucional do nosso País. Este atentado deve ser investigado e punido com todo rigor. A sociedade deve refutar energicamente qualquer uso da violência como manifestação política", finalizou a candidata.

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