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Japão executa sete membros de seita que atacou metro de Tóquio
Sete membros da seita Verdade Suprema, que em 1995 levaram a cabo um mortífero ataque químico no metro de Tóquio, foram executados esta semana. Um dos condenados foi o líder Shoko Asahara. O atentado com gás Sarin matou 13 pessoas e fez mais de seis mil feridos.
Shoko Asahara, cujo verdadeiro nome é Chizuo Matsumoto, esteve preso durante 22 anos antes. Foi agora enforcado, confirmou o Ministério da Justiça do Japão. O líder do culto estava detido desde maio de 1995 com 17 acusações que iam desde assassinato até à produção ilegal de armas e drogas.
Este foi o pior ataque terrorista em solo japonês. Gerou uma onda de desconfiança na segurança pública.
Os outros seis executados, integrantes do culto Aum Shinrikyo, ou Verdade Suprema, foram Tomomasa Nakagawa, Tomomitsu Niimi, Kiyohide Hayakawa, Yoshihiro Inoue, Seiichi Endo e Masami Tsuchiya, indicou a ministra japonesa da Justiça, Yoko Kawakami.
As execuções no Japão são feitas em segredo, sem aviso prévio ao prisioneiro, à família ou aos representantes legais, de acordo com a Amnistia Internacional. Muitas vezes, os prisioneiros só sabem quando serão executados algumas horas antes.
Permanecem no corredor da morte outras seis pessoas devido ao ataque de 1995 e a outros crimes da seita Aum Shinrikyo. A data das execuções não é conhecida.Arma química
Após perceberem que os pacotes estavam a esvaziar-se, vários passageiros começaram a sentir os olhos a arder. A toxina atingiu as vítimas em segundos, deixando algumas sufocadas e a vomitar. Outras ficaram cegas ou paralisadas.
O culto combina uma mistura bizarra de meditação budista e hindu, juntamente com ensinamentos cristãos e apocalípticos, ioga e ocultismo, e congrega mais de dez mil seguidores no Japão e cerca de 30 mil na Rússia.
No final de 1996, Ashara admitiu ser responsável pelo ataque no metro de Tóquio. Porém, disse que não estava pessoalmente envolvido no crime e que teria sido "instruído por Deus" para assumir a culpa. Para além disso, alertou os advogados de que morreriam caso continuassem a interrogar os restantes membros do Aum Shinrikyo.
A sentença de pena de morte para Asahara foi proferida em setembro de 2006. No entanto, os julgamentos dos restantes membros arrastaram-se por mais 12 anos, de acordo com a emissora japonesa NHK.
Os outros seis executados, integrantes do culto Aum Shinrikyo, ou Verdade Suprema, foram Tomomasa Nakagawa, Tomomitsu Niimi, Kiyohide Hayakawa, Yoshihiro Inoue, Seiichi Endo e Masami Tsuchiya, indicou a ministra japonesa da Justiça, Yoko Kawakami.
"Sempre me questionei por que razão teve que ser a minha filha e porque teve que ser assassinada", disse à NHK Kiyoe Iwata, cuja filha morreu no ataque. "Agora posso visitar o seu túmulo e contar-lhe esta notícia”, acrescentou.
As execuções no Japão são feitas em segredo, sem aviso prévio ao prisioneiro, à família ou aos representantes legais, de acordo com a Amnistia Internacional. Muitas vezes, os prisioneiros só sabem quando serão executados algumas horas antes.
Permanecem no corredor da morte outras seis pessoas devido ao ataque de 1995 e a outros crimes da seita Aum Shinrikyo. A data das execuções não é conhecida.Arma química
Na manhã de 20 de março de 1995, pouco depois das 8h00, cinco membros da seita deixaram vários sacos perfurados, que continham o gás tóxico sarin, nas linhas de metro da capital japonesa.
Após perceberem que os pacotes estavam a esvaziar-se, vários passageiros começaram a sentir os olhos a arder. A toxina atingiu as vítimas em segundos, deixando algumas sufocadas e a vomitar. Outras ficaram cegas ou paralisadas.
“O líquido começou a espalhar-se no chão da carruagem. As pessoas começaram a ter convulsões nos assentos. Um homem que estava encostado a um poste, com a camisa aberta, tinha os seus fluidos corporais a saírem”, disse à France Presse Sakae Ito, que estava dentro de uma das carruagens atacadas.
A seita Aum Shinrikyo seria acusada de outros assassinatos e de um ataque anterior com gás sarin, em 1994, que matou oito pessoas e deixou mais de 100 feridos.
O culto combina uma mistura bizarra de meditação budista e hindu, juntamente com ensinamentos cristãos e apocalípticos, ioga e ocultismo, e congrega mais de dez mil seguidores no Japão e cerca de 30 mil na Rússia.