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Japão. Mais de 100 mortos em inundações e deslizamentos

por RTP
Os níveis de água estão a diminuir de forma gradual e as equipas de emergência já conseguem ter acesso às áreas mais atingidas, indicou à France Presse um funcionário da câmara de Okayama Issei Kato - Reuters

Pelo menos 112 pessoas morreram no Japão em consequência de inundações e deslizamentos de terras, noticiou esta segunda-feira o Japan Times. O número de vítimas pode aumentar nas próximas horas. Acredita-se que mais de 70 pessoas estejam desaparecidas.

A polícia, os bombeiros e os militares recomeçaram a percorrer as áreas afetadas em busca de dezenas de pessoas que ainda estão desaparecidas.

"Ainda há muitas pessoas desaparecidas e outras que precisam de ajuda", disse o primeiro-ministro japonês em conferência de imprensa no domingo. Os esforços dos socorristas transformaram-se numa "corrida contra o tempo", acrescentou Shinzo Abe.

Os níveis de água estão a diminuir de forma gradual e as equipas de emergência já conseguem ter acesso às áreas mais atingidas, indicou à France Presse um funcionário da câmara de Okayama. No entanto, algumas zonas ainda se encontram sob aviso de chuva intensa.

Neste momento, as temperaturas elevadas apresentam um novo risco para saúde de pessoas sem água potável ou eletricidade. "Não podemos tomar banho, a casa de banho não funciona e a nossa reserva de alimentos está prestes a acabar", disse Yumeko Matsui à agência Reuters.

Chuvas torrenciais atingiram a zona oeste do Japão, provocando inundações e aluimentos de terras. Várias pessoas estão desaparecidas e o número de mortos continua a subir. O Japão não vivia um desastre destas dimensões desde agosto de 2014.


Milhares de casas ficaram destruídas devido às chuvas intensas. Quase 17 mil habitações estão ainda sem energia e as linhas telefônicas não funcionam em várias regiões.

O país encontra-se numa "situação de perigo extremo", afirmou, por sua vez, um representante da Agência Meteorológica do Japão, que alertou ainda para o perigo de novos deslizamentos de terras, apesar da diminuição da chuva.
Mais de quatro milhões de deslocados
Desde quinta-feira, mais de 50 mil elementos das forças de segurança, bombeiros e Guarda Costeira - apoiados por helicópteros e barcos a remos - tentam resgatar milhares de japoneses. Algumas pessoas estão presas em telhados de prédios, poucos metros acima da linha de água.

As zonas mais atingidas são os departamentos de Okayama, Hiroshima e Ehime, informa a agência japonesa Kyodo.

Segundo as ordens de evacuação das autoridades, mais de 4,3 milhões de pessoas foram obrigadas a sair de casa à medida que os rios transbordavam.

As chuvas começaram na semana passada e intensificaram-se no fim de semana. Rios transbordaram, deslizamentos de terras esmagaram prédios e muitos carros foram literalmente varridos pelas enchentes.


Em alguns locais, a água chegou a atingir os cinco metros de altura, noticiou a emissora de radiodifusão NHK. Muitas estradas ainda se encontram fechadas, o que deixa várias áreas afetadas fora do alcance das equipas de emergência.
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