Mundo
“Jogos de Guerra” da Coreia do Sul fazem subir tensão na península
Os sul coreanos levaram hoje a cabo exercícios com fogo real na Ilha de Yeonpyeong . A Coreia do Norte tinha ameaçado o Sul com uma retaliação militar devastadora se as manobras fossem efectuadas mas, ao fim da manhã, anunciou que não iria retaliar, ao que classificou como “provocação irresponsável”. O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se ontem de emergência para debater a crise, mas não foi possível chegar a acordo.
Apesar das ameaças proferidas na sexta-feira, a Coreia do Norte confirmou que não vai retaliar aos exercícios com fogo real das forças armadas sul-coreanas.
Uma fonte do exército norte-coreano citada pela imprensa oficial disse que a atitude do Sul nem sequer valia o esforço de uma retaliação”.
As manobras militares de Seul começaram com atraso devido ao forte nevoeiro que se fazia sentir na região. Uma fonte do ministério da Defesa sul-coreano disse que a barragem de artilharia teve a duração de 90 minutos, e confirmou que não houve sinais de reacção por parte dos norte-coreanos.
A mesma fonte, que pediu o anonimato, disse que durante o tempo em que duraram os exercícios, a Coreia do Sul pôs no ar um grande número de caças de combate, para responder a um eventual ataque das forças armadas de Pyongyang.
Na véspera as autoridades de Seul retiraram centenas de habitantes que vivem perto da zona fronteiriça entre os dois Estados e enviou para “bunkers” subterrâneos os residentes das ilhas onde se deram os Exercícios.
Disparos foram realizados para o lado oposto
Um porta-voz oficial do ministério da defesa confirmou que durante as manobras foram utilizadas armas de vários tipos, incluindo canhões auto-propulsionados K-9 . Para evitar serem acusadas de provocação, as forças militares Sul-Coreanas apontaram as suas armas para sudoeste, na direcção oposta à da Coreia do Norte. Mesmo assim o regime de Pyongyang afirma que as granadas de artilharia dos exercícios acabam, forçosamente por cair em território seu, já que considera como suas as águas que rodeiam a ilha.
A ilha de Yeongpyeong, pertencente à Coreia do Sul, situa-se no mar amarelo, a cerca de 11 quilómetros da costa norte-coreana. Lá se localizam algumas bases militares e comunidades pesqueiras.
As manobras com fogo real realizam-se cerca de um mês depois de o Norte ter respondido a exercícios militares anteriores com um barragem de artilharia contra as ilhas Yeonpyeong. O ataque, que provocou a morte de dois fuzileiros e de dois civis, foi o primeiro a atingir áreas civis desde que terminaram as hostilidades da Guerra da Coreia que durou entre 1950 e 1953.
Um "golpe imprevisível"
Desta vez Pyongyang tinha avisado que iria desferir “um golpe imprevisível” em auto- defesa, contra os sul coreanos, se os exercícios fossem por diante. Por seu lado a Coreia do Sul disse que responderia “de forma dura e imediata” a qualquer retaliação das forças das forças do norte.
Anteriormente, o novo ministro da Defesa sul-coreano, que assumiu o cargo depois de o seu antecessor se ter demitido por causa dos ataques do Norte, tinha prometido que as forças de Seul utilizariam mísseis, na resposta a um eventual ataque.
Com a guerra de palavras neste ponto, fontes do Pentágono confessaram-se preocupadas com a eventualidade de um incidente poder provocar uma escalada imprevisível que conduzisse a uma guerra aberta. A mesma opinião teve a Rússia, que chegou mesmo a pedido oficialmente a Seul para que cancelasse as projectadas manobras.
Manobras diplomáticas
O som dos tambores de guerra levou o veterano da política dos EUA, Bill Richardson a deslocar-se a Pyongyang para uma visita não-oficial destinada a reduzir as tensões.
Richardson, que actualmente é Governador do Novo México, afirma ter tido conversações “muito duras” com o general Pak Rim-su, que chefia as forças armadas norte-coreanas e diz-se confiante em que se fizeram progressos.
Progressos foi o que não houve este Domingo na reunião de emergência do Conselho de Segurança para discutir a crise coreana.
Conselho de Segurança não chega a acordo
Os membros do Conselho não conseguiram chegar a acordo sobre uma declaração que confrontasse a Coreia do Norte com dois ataques mortíferos realizados em 2010 (o primeiro tinha sido quando um torpedo destruiu um navio de guerra sul-coreano no inicio do ano).
Os Estados Unidos e outros membros do Conselho tinham exigido que o Conselho condenasse o regime de Pyongyang, mas a China opôs-se veementemente a qualquer decisão nesse sentido.
O mesmo fez a Rússia que tinha convocado a reunião. Vitaly Chrukin, o embaixador russo nas Nações Unidas acabaria por declarar que “não houve sucesso em transpor todas as pontes”.
A embaixadora dos EUA, Susan Rice disse que, embora alguns países ainda necessitem de consultar as suas capitais, “é improvável que os fossos que dividem os membros do Conselho possam vir a ser transpostos”. Os Estados Unidos defendem o direito da Coreia do Sul a realizar as manobras militares, tendo em vista a protecção do seu território contra futuras agressões militares do Norte.
Uma fonte do exército norte-coreano citada pela imprensa oficial disse que a atitude do Sul nem sequer valia o esforço de uma retaliação”.
As manobras militares de Seul começaram com atraso devido ao forte nevoeiro que se fazia sentir na região. Uma fonte do ministério da Defesa sul-coreano disse que a barragem de artilharia teve a duração de 90 minutos, e confirmou que não houve sinais de reacção por parte dos norte-coreanos.
A mesma fonte, que pediu o anonimato, disse que durante o tempo em que duraram os exercícios, a Coreia do Sul pôs no ar um grande número de caças de combate, para responder a um eventual ataque das forças armadas de Pyongyang.
Na véspera as autoridades de Seul retiraram centenas de habitantes que vivem perto da zona fronteiriça entre os dois Estados e enviou para “bunkers” subterrâneos os residentes das ilhas onde se deram os Exercícios.
Disparos foram realizados para o lado oposto
Um porta-voz oficial do ministério da defesa confirmou que durante as manobras foram utilizadas armas de vários tipos, incluindo canhões auto-propulsionados K-9 . Para evitar serem acusadas de provocação, as forças militares Sul-Coreanas apontaram as suas armas para sudoeste, na direcção oposta à da Coreia do Norte. Mesmo assim o regime de Pyongyang afirma que as granadas de artilharia dos exercícios acabam, forçosamente por cair em território seu, já que considera como suas as águas que rodeiam a ilha.
A ilha de Yeongpyeong, pertencente à Coreia do Sul, situa-se no mar amarelo, a cerca de 11 quilómetros da costa norte-coreana. Lá se localizam algumas bases militares e comunidades pesqueiras.
As manobras com fogo real realizam-se cerca de um mês depois de o Norte ter respondido a exercícios militares anteriores com um barragem de artilharia contra as ilhas Yeonpyeong. O ataque, que provocou a morte de dois fuzileiros e de dois civis, foi o primeiro a atingir áreas civis desde que terminaram as hostilidades da Guerra da Coreia que durou entre 1950 e 1953.
Um "golpe imprevisível"
Desta vez Pyongyang tinha avisado que iria desferir “um golpe imprevisível” em auto- defesa, contra os sul coreanos, se os exercícios fossem por diante. Por seu lado a Coreia do Sul disse que responderia “de forma dura e imediata” a qualquer retaliação das forças das forças do norte.
Anteriormente, o novo ministro da Defesa sul-coreano, que assumiu o cargo depois de o seu antecessor se ter demitido por causa dos ataques do Norte, tinha prometido que as forças de Seul utilizariam mísseis, na resposta a um eventual ataque.
Com a guerra de palavras neste ponto, fontes do Pentágono confessaram-se preocupadas com a eventualidade de um incidente poder provocar uma escalada imprevisível que conduzisse a uma guerra aberta. A mesma opinião teve a Rússia, que chegou mesmo a pedido oficialmente a Seul para que cancelasse as projectadas manobras.
Manobras diplomáticas
O som dos tambores de guerra levou o veterano da política dos EUA, Bill Richardson a deslocar-se a Pyongyang para uma visita não-oficial destinada a reduzir as tensões.
Richardson, que actualmente é Governador do Novo México, afirma ter tido conversações “muito duras” com o general Pak Rim-su, que chefia as forças armadas norte-coreanas e diz-se confiante em que se fizeram progressos.
Progressos foi o que não houve este Domingo na reunião de emergência do Conselho de Segurança para discutir a crise coreana.
Conselho de Segurança não chega a acordo
Os membros do Conselho não conseguiram chegar a acordo sobre uma declaração que confrontasse a Coreia do Norte com dois ataques mortíferos realizados em 2010 (o primeiro tinha sido quando um torpedo destruiu um navio de guerra sul-coreano no inicio do ano).
Os Estados Unidos e outros membros do Conselho tinham exigido que o Conselho condenasse o regime de Pyongyang, mas a China opôs-se veementemente a qualquer decisão nesse sentido.
O mesmo fez a Rússia que tinha convocado a reunião. Vitaly Chrukin, o embaixador russo nas Nações Unidas acabaria por declarar que “não houve sucesso em transpor todas as pontes”.
A embaixadora dos EUA, Susan Rice disse que, embora alguns países ainda necessitem de consultar as suas capitais, “é improvável que os fossos que dividem os membros do Conselho possam vir a ser transpostos”. Os Estados Unidos defendem o direito da Coreia do Sul a realizar as manobras militares, tendo em vista a protecção do seu território contra futuras agressões militares do Norte.