"Depois de um grave acidente vascular cerebral, um paciente que permanece inconsciente durante tanto tempo e se mantém ainda numa situação grave e estável, muito provavelmente estará num estado vegetativo", considerou, sob cobertura do anonimato, um dos neurologistas da equipa de médicos que está a tratar Sharon.

A apontar para essa perspectiva está o facto de os médicos do hospital Hadassah de Jerusalém, onde o chefe do Governo israelita está internado desde o dia 04, se terem reunido hoje com dois especialistas de uma clínica de cuidados permanentes para doenças prolongadas.

Apesar de responder a estímulos de dor, o primeiro-ministro não mostrou quaisquer sinais de despertar depois de lhe retirarem, na semana passada, os sedativos que lhe tinham sido administrados para induzir o coma e assim permitir aos médicos controlar melhor os sinais vitais do paciente depois das intervenções cirúrgicas ao cérebro a que foi submetido.

O porta-voz do hospital, Ron Krumer, recusou-se a fazer qualquer comentário às afirmações do neurologista, limitando-se a dizer à AFP que "o primeiro-ministro continua em estado grave e estável".

O último comunicado oficial do estabelecimento hospitalar, emitido no domingo à noite depois de um novo TAC, refere que "não houve nenhuma alteração" no estado de saúde do primeiro-ministro.